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Portocel manda equipamento desenvolvido no ES para porto da Holanda

Spreader automático, desenvolvido em Aracruz, vai ser enviado para o Porto de Verbrugge. Movimento faz parte de uma parceria estabelecida com os holandeses

Publicado em 07/02/2023 às 03h50
Spreader automático de alta capacidade desenvolvido em Aracruz
Spreader automático de alta capacidade desenvolvido em Aracruz. Crédito: Divulgação/Portocel

Nos próximos dias, Portocel manda para o porto holandês de Verbrugge, localizado no Mar do Norte, um spreader automático de alta capacidade, equipamento usado para levantar cargas unitizadas. O equipamento em si é usado em vários portos mundo afora, a novidade, genuinamente capixaba, está no fato de ser automático. Há pouco mais de um ano, o engate do equipamento às cargas era um dos momentos mais complicados e perigosos da operação portuária. Quatro operadores precisavam conectar, manualmente, a carga ao guindaste. Hoje, o processo é 100% automatizado.

A inovação chamou a atenção de donos de portos e armadores do mundo todo. Conversas sobre o compartilhamento da tecnologia já acontecem há algum tempo com vários operadores, mas as negociações estão mais avançadas com o Porto de Verbrugge, um dos maiores operadores de carga florestal da Europa. "Este é um primeiro passo de uma parceria mais profunda que formalizamos com a Verbrugge International, uma gigante do setor. É a primeira negociação de fato do spreader automático e estamos muito confiantes. Eles vão nos ajudar no desenvolvimento da segunda versão do equipamento, que virá com muito mais tecnologia embarcada (inclusive inteligência artificial) e seguro", explicou a gerente de Estratégia, Gestão e Novos Negócios de Portocel, Valéria Provete.

Verbrugge é muito forte em cargas florestais, mas atende a várias cargas. Mesmo caminho que está sendo percorrido por Portocel, que começou e se consagrou atendendo exclusivamente Suzano e Cenibra, indústria de celulose. Hoje, além de celulose, passam por Portocel: produtos siderúrgicos, blocos de rochas e celulose solúvel. A ideia é ir além.

"Claro que tem a questão do negócio, que a parceria vai ajudar muito, por exemplo, na ampliação das cargas movimentadas, mas pretendemos ir além, principalmente na agenda ESG (sigla em inglês que significa: ambiental, social e governança), que está bem avançada na Europa. Queremos debater a transição energética, que vai entrar forte agora no transporte marítimo, e como fazer mais no lado social, ponta fundamental do ESG. Vai render frutos", assinalou Valéria Provete.

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