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TSE barra pronunciamento de ministro da Saúde com elogio a governo

TSE barra pronunciamento de ministro da Saúde com elogio a governo

Presidente do TSE, Edson Fachin afirma que fala de Marcelo Queiroga, programada para sair em cadeia de rádio e TV, iria ferir legislação eleitoral

Publicado em 9 de agosto de 2022 às 20:28

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BRASÍLIA - O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), barrou um pronunciamento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, programado para ser veiculado na televisão aberta e na rádio para divulgar o lançamento da campanha de imunização contra a poliomelite e de multivacinação.

Fachin negou o pedido da Secretaria de Comunicação (Secom) para reconsiderar a decisão que já havia vetado a veiculação por considerar que a peça publicitária viola a Lei das Eleições.

Ministro do STF Luiz Edson Fachin
Edson Fachin disse que pronunciamento do ministro não era focado apenas em campanha de vacinação, como proposto. (Nelson Jr./SCO/STF)

A legislação eleitoral proíbe a publicidade institucional no período de campanha. A exceção é para casos de "grave e urgente necessidade pública".

O governo chegou a apresentar uma proposta alternativa, com ajustes no discurso que seria lido por Queiroga, mas Fachin manteve o posicionamento.

Em sua decisão, o ministro afirma que a "tônica" do texto não é a campanha de vacinação e que a legislação "desautoriza a personificação de programas da administração pública federal" no período que antecede as eleições.

"O restante da manifestação narra a atuação do Ministério da Saúde, no passado remoto e próximo, além de renovar a pretensão de manifestar-se sobre o Dia Nacional da Saúde, proposta que não se coaduna, sob qualquer forma de interpretação, com os predicados excepcionais exigidos", escreveu.

Em um dos trechos do pronunciamento, o ministro da Saúde diria que o governo federal demonstrou "capacidade de adquirir e vacinar, em tempo recorde, a nossa população" durante a pandemia de covid-19. "Com isso, alcançamos altas taxas de cobertura vacinal que nos permitiram o controle da emergência de saúde pública de importância nacional", dizia o texto.

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