Publicado em 14 de agosto de 2020 às 18:08
O ex-presidente Michel Temer, chefe da missão brasileira no Líbano, se reuniu hoje (14) com o primeiro-ministro interino do Líbano, Hassan Diab. O encontro faz parte das tratativas do governo brasileiro na ajuda ao país do Oriente Médio. Durante o encontro, a delegação brasileira expressou solidariedade do povo brasileiro ao povo libanês e se mostrou pronta para ajudar o Líbano. >
A delegação brasileira chegou ontem (13) ao país. A delegação chefiada por Temer foi recebida no Aeroporto Internacional de Beirute por autoridades locais, lideranças religiosas e por integrantes da Força-Tarefa Marítima Unifil, missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).>
Ainda no aeroporto, Temer presidiu a Cerimônia de Entrega Oficial da Ajuda Humanitária ao Líbano. Em seu discurso, anunciou que milhares de toneladas de alimentos vindas do Brasil chegarão ao país por via marítima. O povo brasileiro está muito empenhado em ajudar o Líbano. Estamos trazendo, agora, seis toneladas de alimentos e medicamentos. Mais 4 mil toneladas de arroz virão por via marítima. Além disso, a comunidade libanesa me comunicou, hoje [quinta-feira] pela manhã, que ainda há mais 20 toneladas arrecadadas, disse o ex-presidente brasileiro.>
A aeronave KC-390, da Força Aérea Brasileira (FAB), deixou o Brasil com 6 toneladas de materiais, entre medicamentos, equipamentos de saúde e alimentos, doados pelo Ministério da Saúde e pela comunidade libanesa no Brasil. Outro avião da FAB, o Embraer 190, levou os integrantes da comitiva. >
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Além de Temer, chefe da missão e filho de libaneses, compõem a missão os senadores Nelson Trad Filho e Luiz Pastore, além do secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Viana Rocha, dentre outros.>
A explosão em Beirute, no dia 4 de agosto, sentida a 240 quilômetros (km) de distância, ocorreu em um período sensível para o Líbano, que vive crescente crise econômica e divisões internas, enquanto lida com os danos provocados pela pandemia da covid-19.>
Os últimos tempos têm sido marcados por manifestações nas ruas do país contra o modo como o governo lida com aquela que é considerada a pior crise econômica desde a guerra civil de 1975-1990. >
O Líbano, que tem uma dívida pública de US$ 90 bilhões, importa a maioria da sua comida, e o porto de Beirute, fundamental no armazenamento dessas importações, está agora destruído.>
As explosões na região portuária de Beirute foram causadas por problemas no armazenamento de cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio, substância usada na produção de explosivos e fertilizantes. >
No dia 10 de agosto o primeiro-ministro, Hassan Diab, renunciou após protestos da população. Ele e seu gabinete, no entanto, continuam no cargo até a formação de um novo governo.>
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