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Suspeito de ajudar fugitivos de penitenciária de Mossoró é preso

Suspeito de ajudar fugitivos de penitenciária de Mossoró é preso

O nome do suspeito não foi divulgado. Com a nova detenção, subiu para oito o número de presos sob suspeita de terem ajudado os foragidos

Publicado em 3 de abril de 2024 às 13:33

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Imagens divulgadas pela PF mostram possíveis disfarces usados pelos fugitivos de Mossoró; na imagem, Rogério Mendonça e Deibson Nascimento
Imagens divulgadas pela PF mostram possíveis disfarces usados pelos fugitivos de Mossoró; na imagem, Rogério Mendonça e Deibson Nascimento. (Divulgação/Polícia Federal)

Um suspeito de ajudar os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foi preso em Fortaleza na segunda-feira (1º). A prisão foi confirmada pela Polícia Federal. Com a nova detenção, subiu para oito o número de presos sob suspeita de terem ajudado os foragidos.

No caso de Fortaleza, o suspeito foi detido em uma pousada na Praia do Futuro pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará. O mandado de prisão foi e expedido pela 8ª Vara da Justiça Federal de Mossoró.

A PF não deu mais detalhes sobre as circunstâncias da prisão, nem divulgou o nome do suspeito. Na terça (2), como a Folha mostrou, o Ministério da Justiça admitiu que houve falhas em procedimentos, mas descartou corrupção de agentes na fuga dos dois presos.

A conclusão consta em relatório da corregedoria-geral da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sobre as falhas, a corregedora Marlene Rosa afirmou que elas se deram nos procedimentos carcerários de segurança.

Para apurar o que houve, diz o ministério, foram instaurados três processos administrativos disciplinares envolvendo dez servidores. "Outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual se comprometem com uma série de medidas —entre as quais, não podem cometer as mesmas infrações e terão de passar por cursos de reciclagem."

As celas dos dois presos que fugiram ficaram ao menos 30 dias sem revista, e por isso foram abertas as apurações contra os dez servidores. A fuga, inédita no sistema penitenciário federal, completa 49 dias nesta quarta-feira (3). Nesse período, Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Tatu ou Deisinho, já mantiveram uma família como refém, foram avistados em comunidades diversas, se esconderam em uma propriedade rural e agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna.

Os investigadores suspeitam que os dois detentos tenham sido mantidos por membros do Comando Vermelho do Rio de Janeiro em parte desse tempo. Até a semana passada, as buscas pelos fugitivos envolviam 500 policiais de forças como Polícia Federal, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Polícia Militar do Rio Grande do Norte. A atuação da Força Nacional, que entrou na operação em 23 de fevereiro, não foi renovada.

O país tem cinco presídios federais de segurança máxima. Além de Mossoró, há instalações em Porto Velho, Campo Grande, Brasília e Catanduvas (PR). As penitenciárias, inauguradas a partir de 2006, foram criadas com o objetivo de isolar criminosos de alta periculosidade e desarticular organizações criminosas. Nelas, os presos ficam em celas individuais de aproximadamente 7 m² e têm direito a banho de sol de duas horas por dia.

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