Publicado em 6 de julho de 2020 às 16:37
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) enviou requerimento ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) pedindo "a imediata" devolução à Presidência da República dos novos vetos feitos por Jair Bolsonaro à lei do uso de máscaras.>
O presidente publicou nesta segunda (6) no "Diário Oficial da União", o DOU, veto dizendo que deixa de ser obrigatório o uso de máscaras em presídios. Além disso, estabelecimentos não precisarão mais afixar cartazes informando sobre o uso correto do equipamento de proteção.>
Na sexta-feira (3), Bolsonaro já havia feito diversos vetos ao projeto de lei de uso de máscaras aprovado pelo Congresso em 9 de junho, entre eles, dispositivos que tornavam obrigatório o uso do equipamento de proteção em igrejas, comércios e escolas.>
De acordo com Randolfe Rodrigues, houve uma "total burla" à Constituição por parte de Bolsonaro, já que o prazo para sanções ou vetos a uma lei é de 15 dias, e já tinha expirado na quinta (2).>
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Ele vai acionar também o STF (Supremo Tribunal Federal) para questionar a iniciativa.>
"Diante de cenário tão grave para a saúde da nossa população, já havia causado espanto na sociedade a decisão do Presidente da República de vetar parcialmente o PL [projeto de lei]", diz o parlamentar na mensagem a Alcolumbre. Depois disso, segue, "o presidente surpreendeu-nos com uma espécie de extensão do veto, via pretensa retificação da publicação. Ora, Excelência, lei não se veta!".>
Randolfe lembra ainda que retificações de atos no DOU têm sido constantes no governo Bolsonaro. Ele cita duas delas: a retificação da exoneração de Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal, com a retirada da "assinatura" de Sergio Moro do ato depois de o ex-ministro da Justiça dizer que não participara dele; e a mudança na data de exoneração de Abraham Weintraub do Ministério da Educação (MEC), "após verdadeira fuga do país em momento durante o qual respondia a inquérito no STF [Supremo Tribunal Federal].>
Segundo o senador, o ato de retificação publicado nesta segunda (6) é "nefasto" e deve ser devolvido a Bolsonaro, perdendo a validade.>
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