Publicado em 7 de junho de 2020 às 15:53
Grupos de manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizam na manhã deste domingo (7) uma marcha na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os principais gritos e faixas são em defesa da democracia, contra o racismo e o fascismo e pedindo o "fora Bolsonaro". >
Em meio a um forte esquema de segurança na Esplanada e nos arredores, os manifestantes foram impedidos de ir à Praça dos Três Poderes, como é permitido aos atos a favor de Bolsonaro.>
Também havia diversos cartazes e gritos referentes ao "vida negras importam" movimento que começou nos Estados Unidos, o black lives matter, após a morte de George Floyd por um policial branco.>
Em uma performance perto do Congresso, militantes negros deitaram no chão e diziam que não conseguiam respirar, frase dita por Floyd quando estava algemado e com o joelho do policial sobre seu pescoço.>
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A Polícia Militar do Distrito Federal não faz mais estimativas de público.>
Estavam reunidos participantes de diferentes grupos, como os autodenominados antifascistas, profissionais de saúde em defesa do Sistema Único de Saúde e torcedores de futebol uma caravana de torcedores do Corinthians foi de São Paulo para a capital federal.>
A grande maioria dos manifestantes usava máscaras, item obrigatório no Distrito Federal devido à pandemia do novo coronavírus. No entanto, havia aglomeração, prática que é desaconselhada pelos sanitaristas pelo óbvio risco de contaminação.>
As exceções eram os profissionais de saúde, que formavam filas durante a marcha, respeitando um certo distanciamento.>
A chamada "marcha antifascista", começou às 9h, em frente à Biblioteca Nacional. O grupo de milhares de pessoas seguiu pelo lado esquerdo da Esplanada dos Ministérios, em direção ao Congresso Nacional e depois retornou à biblioteca.>
Do outro lado da Esplanada, apoiadores de Bolsonaro também faziam um protesto, como vem acontecendo nos fins de semana, nos últimos dois meses.>
Em menor número, os manifestantes pró-governo puderam chegar à Praça dos Três Poderes. Eles se colocaram em frente ao Palácio do Planalto e portavam faixas como "intervenção cívico-militar para restaurar o poder".>
Às 11:41, 68 pessoas estavam na grade em frente ao Planalto.>
Um grande cordão formado por policiais militares isolava os bolsonaristas do protesto contra o presidente, que era em número bem maior.>
Até as 11h, não houve confrontos entre os grupos ou mesmo com as forças de segurança.>
Logo no início do ato, um bolsonarista e um militante fantasiado de Batman tentaram chegar ao grupo adversário, mas foram impedidos pela Polícia Militar.>
A tropa de choque da Polícia Militar esteve presente ao contrário dos atos anteriores pró-Bolsonaro em todo o trajeto, protegendo os prédios dos ministérios.>
O prédio do Ministério da Defesa, como acontece normalmente, era defendido por militares.>
O grupo armado de extrema direita 300 do Brasil teve seu acampamento, ao lado do Ministério da Justiça, retirado para não ficar no caminho da marcha.>
Grupos bolsonaristas mantêm acampamentos na Esplanada dos Ministérios. O chamado "QG Rural", por exemplo, foi montado em frente ao Ministério da Agricultura.>
Apesar da ameaça de enfrentamento entre os dois grupos, o governo do Distrito Federal descartou pedir o emprego da Força Nacional nos atos deste domingo. O emprego da força nas ruas chegou a ser sugerido pelo presidente Jair Bolsonaro ao secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.>
Na sexta-feira (5), no entanto, a gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB) descartou solicitar o reforço. >
Em nota no mesmo dia, o governo do Distrito Federal informou que as forças de segurança do Distrito Federal estariam nos locais dos eventos com "efetivo necessário" para garantir a livre manifestação e a ordem. Há cordões da PM desde o início da Esplanada.>
Embora a maior parte dos integrantes se declare não partidário, há umas poucas bandeiras de partidos, como do PT e do PCO.>
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