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Procurador que espancou a chefe em São Paulo vira réu por tentativa de feminicídio

Procurador que espancou a chefe em São Paulo vira réu por tentativa de feminicídio

Demétrius Oliveira de Macedo, que está preso preventivamente, terá dez dias para apresentar defesa; ele também vai responder por injúria e coação no curso do processo

Publicado em 29 de junho de 2022 às 07:43

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Rayssa Motta e Fausto Macedo

Justiça de São Paulo aceitou nesta terça-feira, 28, a denúncia do Ministério Público do Estado contra o procurador municipal de Registro, no Vale do Ribeira, Demétrius Oliveira de Macedo, que espancou a procuradora-chefe Gabriela Samadello Monteiro de Barros dentro da prefeitura.

Violência
A procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39, é agredida por colega, o também procurador Demetrius de Oliveira de Macedo, 34, na sede da Prefeitura de Registro (SP). (Reprodução)

A decisão é do juiz Raphael Ernane Neves, da 1ª Vara de Registro, e torna o procurador réu por tentativa de feminicídio. Macedo foi preso preventivamente após um vídeo com as agressões vir a público. Ele terá dez dias para apresentar sua defesa prévia. "O Ministério Público apresentou descrição suficiente dos fatos criminosos relacionados à ofensa à integridade corporal", diz um trecho da decisão.

As agressões ocorreram no último dia 20, após a abertura de um processo disciplinar contra o procurador motivado pela agressividade no trabalho.

O episódio foi registrado em vídeo. Após derrubar Gabriela, ele dá socos e pontapés na procuradora, a quem é subordinado. Também a chama de "vagabunda" e "puta". Outras duas servidoras tentam conter Macedo. Uma delas é empurrada com violência contra uma porta fechada. A outra arrasta Gabriela para tentar afastá-la do agressor. O procurador só foi contido após a intervenção de outros funcionários que ouviram os gritos de socorro.

A procuradora registrou um boletim de ocorrência. Em um primeiro momento, o delegado Fernando Carvalho Gregório, do 1º Distrito Policial de Registro, não prendeu Macedo em flagrante. Com a repercussão do caso, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do procurador. Ele foi encontrado em um hospital psiquiátrico, em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo.

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