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PF vai incluir fala de Bolsonaro em inquérito sobre tentativa de golpe

PF vai incluir fala de Bolsonaro em inquérito sobre tentativa de golpe

Em discurso no domingo (25), ex-presidente admitiu conhecimento sobre uma minuta que previa decretação de estado de sítio após as eleições de 2022

Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 20:26

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BRASÍLIA - O discurso de Jair Bolsonaro no domingo (25) à tarde na Avenida Paulista, em São Paulo, será avaliado pela equipe da Polícia Federal que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, quando o ex-presidente foi derrotado. A informação foi confirmada pela Agência Brasil por fontes ligadas à investigação.

Em sua fala no último domingo (25), Jair Bolsonaro admitiu conhecimento sobre uma minuta que previa decretação de estado de sítio, prisão de parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e dava sustentação a um suposto golpe de Estado. Mas criticou as apurações criminais da PF sobre essa minuta. A admissão do ex-mandatário contrasta com a postura dele em depoimento na quinta-feira passada (22) à PF, quando ficou em silêncio diante das perguntas dos investigadores.

Ato com o ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo
Ato com o ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo. (Paulo Pinto/Agência Brasil)

Uma operação de busca e apreensão da PF em janeiro do ano passado localizou na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, texto em formato de minuta que previa a intervenção no Poder Judiciário para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e convocação de novas eleições.  A minuta também foi citada nas delações do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência da República.

Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo STF sobre o ataque de 8 de janeiro de 2023 à sede dos Três Poderes em Brasília. Há ainda outros elementos que estão sendo investigados como o vídeo de uma reunião realizada no Palácio da Alvorada em julho de 2022. Na ocasião, auxiliares diretos do ex-presidente e de um grupo de militares sugeriram alternativas de ataque ao sistema eleitoral eletrônico e à eleição presidencial de 2022.

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