Publicado em 16 de novembro de 2022 às 11:21
O senador eleito e vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos) rejeitou assumir a entrega da faixa presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diante da possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (PL) se recusar a fazer esse gesto. Segundo o general da reserva, a passagem do adereço "é do presidente que sai para o presidente que entra". A falta da solenidade não é impeditiva para a posse do petista. >
"Não adianta dizer que eu vou passar. Eu não sou o presidente. Eu não posso botar aquela faixa, tirar e entregar. Então, se é para dobrar, bonitinho, e entregar para o Lula, qualquer um pode ir ali e entregar", afirmou, em entrevista ao Valor Econômico.>
Como mostrou o Estadão, a transmissão do adereço não passa de uma solenidade, ou seja, o gesto não é imprescindível para que o presidente eleito tome posse. O novo chefe do Executivo passa a ocupar formalmente o cargo após fazer juramento à Constituição no Congresso Nacional.>
A próxima primeira-dama, Rosângela "Janja" da Silva, quer organizar uma cerimônia simbólica e fora dos protocolos no próximo 1º de janeiro, e não conta com a presença de Bolsonaro no dia. A ideia da socióloga é que pessoas comuns, sem cargos, entreguem a faixa presidencial para Lula no Parlatório do Planalto.>
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Na mesma entrevista, Mourão deixou um recado para desencorajar as manifestações com teor antidemocrático que pedem "intervenção militar" no País. Segundo ele, a direita bolsonarista deve trabalhar politicamente para retornar ao Poder em 2026, além de se eleger para prefeituras em 2024. >
Ele também opinou que "a política não pode estar dentro do quartel" e que a relação das Forças Armadas com o presidente eleito deve ser tranquila. "O Lula nunca meteu os pés pelas mãos junto às Forças", disse.>
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