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Justiça decreta a prisão de três pessoas por desabamento no Rio

Justiça decreta a prisão de três pessoas por desabamento no Rio

Os investigados são apontados como os responsáveis por construir e comercializar as unidades

Publicado em 19 de abril de 2019 às 18:19

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Dois prédios desabam na Muzema, comunidade na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), na manhã desta sexta-feira (12). Os imóveis têm cerca de quatro andares. (JOSE LUCENA/FUTURA PRESS)

A Justiça decretou a prisão temporária de três investigados no desabamento de dois prédios na favela da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. Eles são apontados como os responsáveis por construir e comercializar as unidades. 

Vítimas do desabamento apontaram José Bezerra de Lima, conhecido como Zé do Rolo, como o construtor dos imóveis e Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa como os corretores responsáveis pela venda.

O pedido foi feito pela delegada Adriana Belém, da 16ª DP (Barra da Tijuca), responsável pelo caso. Ela disse ainda que o caso está sendo investigado como homicídio com dolo eventual.

 "A gente entende que aquele que constrói um prédio daquela forma, naquelas circunstâncias, assume o risco pela morte daquelas pessoas", disse ela à TV Globo.

Ao menos 20 pessoas morreram no desabamento, ocorrido há uma semana. Os bombeiros ainda atuam na área para tentar localizar três desaparecidos.

A Muzema é uma área controlada por milicianos. Nenhum dos três suspeitos, contudo, já tinha sido denunciado por integrar uma organização criminosa do tipo.

Em razão da quadrilha que atua no local, as vítimas do desabamento resistiam a ir à polícia contar o que sabiam sobre a construção e a venda dos imóveis. Belém não informou quantas testemunhas ouviu para pedir a prisão.

"Ontem foi o nosso primeiro contato com as vítimas que atenderam aos nossos apelos. Certamente, por motivos óbvios, apresentavam certa resistência. Mas buscaram na Polícia Civil um certo conforto e reconheceram o Zé do Rolo como o construtor e os outros dois os vendedores", disse a delegada.

"São pessoas que vendiam sonho para pessoas humildes que receberam a tragédia, a desgraça", destacou Adriana Belém.

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A reportagem não localizou a defesa dos três investigados.

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