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Impacto de óleo à saúde ainda é baixo, mas contato deve ser evitado

Impacto de óleo à saúde ainda é baixo, mas contato deve ser evitado

Para o governo, casos de intoxicação registrados até agora são por uso de removedores inadequados

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 09:45

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Manchas de óleo tomam conta da Praia dos Carneiros, no litoral pernambucano . (Clemente Coelho Júnior/Instituto Bioma Brasil)

Uma avaliação feita pelo ministério da Saúde sobre os riscos do vazamento de óleo no litoral do Nordeste aponta que, apesar da amplitude, o impacto à saúde pública neste momento é baixo. 

A afirmação, a qual consta de boletim que será divulgado nesta quinta-feira (31) pela pasta, considera parecer de técnicos e dados recebidos de secretarias de saúde.

O ministério, porém, reforça o alerta para que voluntários e população não entrem em contato com a substância e para que profissionais de saúde notifiquem atendimentos.

Também ressalta que a avaliação do risco é um "retrato" do momento, mas que pode ser alterada, conforme prevê regulamentos internacionais de saúde. "Neste momento, considerando as informações recebidas das secretarias de saúde e a composição do petróleo cru, avalia-se que as evidências consolidadas sugerem que o impacto para a saúde pública é baixo, apesar da amplitude do evento", informa.

A avaliação parte da premissa de que "a exposição seja pontual e que o evento será controlado num curto e médio-prazo".

De acordo com o ministério, no material coletado, o composto de maior potencial tóxico é o benzeno. Sua concentração no petróleo, no entanto, é baixa, podendo variar entre 0,5% a 4% do total. Em caso de intoxicação, a previsão é que ocorra a excreção da substância entre 24 e 48 horas, por meio da urina, informa o documento.

Atualmente, vigilâncias municipais realizam busca ativa junto às unidades de saúde de possíveis casos.

Até esta quarta (20), apenas Pernambuco havia informado dados completos ao ministério, com 19 casos suspeitos de intoxicação até o dia 26 de outubro. Destes, 17 foram registrados em São José da Coroa e dois em Ipojuca, no litoral sul do estado.

Os sintomas mais relatados pelos pacientes foram dor de cabeça, náuseas e dispneia. A maior parte dos casos, porém, informou ter usado removedores não recomendados para retirada do óleo do corpo, como querosene e gasolina, entre outros removedores de graxa e solventes, o que pode ter levado aos casos, aponta.

No documento, o ministério reforça a recomendação para que a população não entre em contato direto com a substância, "especialmente crianças e gestantes". Voluntários que atuam nas praias devem usar equipamentos de proteção individual, como máscaras, luvas de borracha resistente e botas impermeáveis.

Em caso de contato da pele com o petróleo, o recomendado é lavar a pele com água e sabão e usar óleo de cozinha ou outros produtos que contenham glicerina ou lanolina para retirar o produto.

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Em caso de exposição ou aparecimento de sintomas, a recomendação é procurar atendimento médico imediatamente e contatar o Centro de Informações Toxicológicas, por meio do número 0800 722 6001.

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