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'Há lealdades maiores do que as pessoais', diz Moro

"Há lealdades maiores do que as pessoais", diz Moro

Foi o que ex-ministro Sergio Moro escreveu em rede social neste domingo (3), um dia após prestar depoimento na Polícia Federal sobre acusações que fez a Bolsonaro

Publicado em 3 de maio de 2020 às 11:28

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O ex-ministro Sergio Moro escreveu neste domingo (3) em rede social, um dia após ser chamado de "Judas" pelo presidente Jair Bolsonaro. "Há lealdades maiores do que as pessoais", escreveu Moro, que prestou depoimento no sábado (2) à Polícia Federal em Curitiba devido às suas acusações contra Bolsonaro ao pedir demissão do governo.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fala a imprensa sobre seu pedido de demissão do cargo
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, prestou depoimento sobre acusações a Jair Bolsonaro. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Na manhã deste domingo, a hashtag "MoroX9Traidor" era um dos assuntos mais comentados do Twitter, no Brasil.

Na manhã de sábado, Bolsonaro publicou um vídeo sobre as suspeitas em relação ao mandante da facada que levou na campanha de 2018. "Os mandantes estão em Brasília?", escreveu.

"O Judas, que hoje deporá, interferiu para que não se investigasse?", disse Bolsonaro, citando o depoimento que Moro prestaria à Polícia Federal sobre as acusações que fez contra o presidente ao sair do Executivo.

Moro concluiu seu depoimento no prédio da PF em Curitiba na noite passada após ficar mais de oito horas no local. Ele foi ouvido no inquérito que apura as acusações que fez, de tentativa de interferência política na corporação.

Durante a manhã, a entrada do prédio da PF virou palco de protestos, com grupos em apoio ao ex-juiz da Lava Jato e outros a favor de Bolsonaro.

O ex-ministro chegou ao local por volta das 13h15, mas entrou pelos fundos, frustrando a expectativa de manifestantes. O depoimento começou por volta das 14h e acabou perto das 22h.

À noite, foram pedidas pizzas no prédio da PF para servir as equipes. Moro acabou saindo do edifício apenas por volta da 0h20 de domingo (3), sem falar com a imprensa.

Além de reiterar as acusações feitas ao saír do governo, Moro disse que apresentaria novas provas do que havia afirmado sobre a tentativa de ingerência de Bolsonaro na Polícia Federal.

O presidente, disse ele ao pedir demissão, queria a troca de comando para ter acesso a investigações em andamento.

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