> >
'Fundeb tira família da escola', diz deputada bolsonarista que votou contra

"Fundeb tira família da escola", diz deputada bolsonarista que votou contra

"A educação é coisa séria. Eu jamais daria um voto sem antes entender qual é a implicação da matéria sobre a qual estou discutindo", disse a deputada Chris Tonietto (PSL-RJ)

Publicado em 24 de julho de 2020 às 16:33

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Chris Tonietto, deputada do PSL do Rio de Janeiro
Chris Tonietto, deputada do PSL do Rio de Janeiro. (Reprodução Twitter)

Uma das parlamentares a votar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), a deputada Chris Tonietto (PSL-RJ), justificou seu posicionamento contra a medida afirmando que o modelo proposto retira a participação da família na escola ao centralizar o financiamento da educação.

A PEC foi aprovada na Câmara na última terça-feira, 21, com apenas sete votos contrários, todos eles de bolsonaristas. Chris Tonietto encaminhou uma declaração de voto à Mesa Diretora da Casa justificando seu voto. Para ela, tornar o financiamento permanente na Constituição engessa as regras e dificulta mudanças no futuro.

"A educação é coisa séria. Eu jamais daria um voto sem antes entender qual é a implicação da matéria sobre a qual estou discutindo", diz a parlamentar na declaração. "A solução é realmente entregar nossa educação para a esquerda ou para a direita? As famílias devem estar mais presentes na escola e o professor não tem de estar lá sozinho. Por que estou dizendo isto? Porque estamos fazendo a discussão sobre educação da maneira errada. O foco está errado."

Para a deputada, a proposta deveria manter o Fundeb provisório, e não permanente, com a possibilidade de revisão em seis anos e uma discussão sobre o caráter definitivo daqui a dez anos. Na versão aprovada pela Câmara, porém, os deputados estipularam o prazo de seis anos para revisão da participação da União no fundo.

Outro ponto criticado por ela é a distribuição dos recursos de acordo com o desempenho escolar, conforme previsto no texto. Para ela, o dispositivo centraliza o currículo das escolas. "O Fundeb não deve amputar as escolas para, no lugar de seus membros, instalarem próteses sem vida."

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais