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Filho de Lula é acusado de agredir e ameaçar ex-companheira

Filho de Lula é acusado de agredir e ameaçar ex-companheira

Luis Claudio Lula da Silva, de 39 anos, teria dado uma cotovelada na barriga da vítima em uma das brigas e feito ameaças constantemente

Publicado em 3 de abril de 2024 às 08:49

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Luís Cláudio Lula da Silva teve o celular roubado na Vila Mariana, zona sul de São Paulo.
Luís Cláudio Lula da Silva teve o celular roubado na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. (Reprodução/Instagram)

O filho caçula do presidente Lula (PT), Luis Claudio Lula da Silva, 39, foi acusado de violência física, moral e psicológica praticada contra uma ex-companheira.

A vítima registrou um boletim de ocorrência eletrônico nesta terça-feira (2), na Delegacia da Mulher em São Paulo. Ela narrou ter levado uma cotovelada na barriga em uma das brigas em janeiro deste ano ao se recusar a entregar o aparelho celular.

A reportagem procurou Luis Claudio Lula da Silva, mas não houve resposta. Em seu Instagram, foi publicada nota assinada por sua defesa, afirmando que as declarações são fantasiosas, acusando a ex-companheira de calúnia, injúria e difamação e dizendo tomar as medidas legais pertinentes.

O Palácio do Planalto foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou.

No boletim de ocorrência, do qual o UOL teve acesso, consta a informação de que Luis Claudio a teria manipulado para não prestar queixa. "Ser manipulada e ameaçada para não denunciar as agressões, sob a alegação de que o agressor é filho do presidente e que possui influência para se safar das acusações", narrou.

"Meu pai vai me proteger e você vai sair perdendo, eu vou acabar com sua alma. Vou falar para todos que você é uma insana, ninguém irá acreditar em você", teria dito o acusado, segundo a ex-companheira.

A vítima disse que a violência se intensificou nos últimos anos, o que coloca em risco sua integridade física e mental. Ela contou à polícia que chegou a ser afastada do trabalho por um mês devido ao trauma causado pelas agressões.

A mulher relatou ter sido hospitalizada com crises de ansiedade e que recebe ameaças e ofensas constantes do acusado, que a chamou de "doente mental", "feia" e "vagabunda".

Ao UOL a advogada da vítima confirmou os fatos narrados no boletim de ocorrência, disse que confia nas autoridades policiais e pediu para que o nome da cliente não seja divulgado.

A vítima afirmou que residiu com o filho de Lula por dois anos. Nesse período, relatou que ele chegava em casa "bêbado" e tentava entrar em seu quarto "de todas as formas", mesmo que ela "pedisse para ficar distante".

Ela denunciou ainda que ele manteve relações sexuais com outras mulheres "sem proteção". "Contraiu infecção e me expôs em risco conscientemente."

Nas redes sociais, a vítima pediu que o presidente Lula e sua família não sejam responsabilizados. "Parem de responsabilizar os familiares por maldades de um homem adulto de 40 anos. São pessoas totalmente diferentes", escreveu. A publicação foi excluída minutos depois.

Luís Claudio é diretor do Parintins-AM, clube de futebol fundado em 2021.

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