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EUA recebem pedido de uso emergencial de vacina por gigantes do setor

EUA recebem pedido de uso emergencial de vacina por gigantes do setor

Resultados finais dos testes do imunizante apontaram eficácia de 95% do produto na proteção contra a infecção pela Covid-19

Publicado em 21 de novembro de 2020 às 09:29

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A farmacêutica americana Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech entraram nesta sexta-feira, 20, com o pedido de uso emergencial da vacina contra a covid-19 na agência regulatória de medicamentos e alimentos dos EUA (FDA). Na última semana, as empresas anunciaram que os resultados finais dos testes do imunizante apontaram eficácia de 95% do produto na proteção contra a infecção pelo coronavírus.

Pfizer aponta que vacina contra a Covid-19 apresentou mais de 90% de eficácia na análise preliminar dos testes da fase três
Testes finais da vacina desenvolvida pela Pfizer apontam para eficácia de 95% no combate à Covid-19. (Reuters/Folhapress)

"É com grande orgulho e alegria - e até mesmo um pouco de alívio - que posso dizer que nosso pedido de autorização de uso emergencial para nossa potencial vacina está agora nas mãos do FDA. Este é um dia histórico para a ciência. Demorou apenas 248 dias desde o dia em que anunciamos nossos planos de colaborar com a BioNTech até a data de apresentação à FDA. Operamos com velocidade extraordinária em nosso programa de desenvolvimento clínico", declarou ontem o CEO da Pfizer, Albert Bourla.

Em comunicado conjunto, as companhias afirmaram que estarão prontas a distribuir o produto "dentro de horas" após a autorização. A expectativa das empresas é de que a vacinação comece nos Estados Unidos entre o meio e o fim de dezembro.

Após receber o pedido, a FDA informou que agendou para o dia 10 de dezembro uma reunião com seu comitê assessor para vacinas e produtos biológicos na qual será discutida se o produto receberá ou não o aval do órgão. Até lá, os especialistas da agência passarão as próximas semana analisando os dados do estudo submetidos pelas farmacêuticas.

A Pfizer e a BioNTech disseram ainda que já iniciaram o processo de submissão contínua de resultados dos estudos nas agências regulatórias da Europa, Austrália, Canadá, Japão e Reino Unido e pretendem submeter os documentos para outras autoridades regulatórias do mundo imediatamente.

A submissão contínua ocorre quando os resultados das fases dos testes clínicos vão sendo apresentados a medida que ficam prontos e não somente ao final da pesquisa. A prática acelera a análise dos dados por parte das agências.

Anvisa

Não há informação sobre quando a solicitação de registro será feita à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Procurada pelo Estadão, a agência disse que não recebeu "pedidos da Pfizer para registro ou submissão continua de etapas já realizadas para a sua vacina contra a covid-19".

Importante lembrar que a Anvisa, ao contrário da FDA, não emite autorização de uso emergencial para produtos. Mas se os resultados dos estudos forem robustos o suficiente para comprovar eficácia e segurança, a agência poderá conceder o registro regular à vacina.

Também questionada pela reportagem, a representação da Pfizer no Brasil não informou quando esse pedido será submetido às autoridades brasileiras. Anteriormente, a empresa afirmou que apresentou ao Ministério da Saúde uma proposta de fornecimento, no primeiro semestre de 2021, de doses suficientes para vacinar "alguns milhões" de brasileiros. O número exato não foi informado.

As empresas disseram estar trabalhando para escalar a produção, na expectativa de chegar a 50 milhões de doses - suficientes para imunizar 25 milhões de pessoas - até o fim do ano, e a 1,3 bilhão de doses em 2021.

Segurança

De acordo com as farmacêuticas, o pedido de registro na agência americana é apoiado pelos dados que demonstraram 95% de eficácia e por dados de segurança exigidos pela FDA, como o acompanhamento de cerca de 38 mil participantes por dois meses após a segunda dose da vacina.

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"O envio também inclui dados de segurança solicitados em aproximadamente cem crianças de 12 a 15 anos de idade. Aproximadamente 42% dos participantes globais e 30% dos participantes dos EUA no estudo de fase 3 têm origens racial e etnicamente diversas, e 41% dos participantes globais e 45% dos participantes dos EUA têm 56-85 anos de idade. Até o momento, o Comitê de Monitoramento de Dados (DMC) para o estudo não relatou nenhuma preocupação séria de segurança relacionada à vacina", destacou o comunicado das empresas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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