Publicado em 23 de novembro de 2020 às 11:49
Uma funcionária do Carrefour onde João Alberto Freitas, 40, foi espancado e morto por seguranças na última quinta-feira (19) disse à polícia que ele a encarou e que "parecia estar furioso com alguma coisa", segundo depoimento divulgado pelo Fantástico, da TV Globo. >
Novos vídeos obtidos pela Folha de S.Paulo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul mostram os momentos anteriores ao crime. João Alberto chega ao supermercado com a mulher, Milena, pouco antes das 22h, conforme o horário das câmeras. Dez minutos depois, o casal vai ao caixa para pagar as compras, onde ele parece conversar com a esposa e a atendente.>
Logo em seguida, o cliente sai do caixa e se aproxima de uma outra funcionária de preto, que estava ao lado de um dos seguranças presos pela sua morte, Magno Borges Braz. Ela se esquiva e sai de perto, mas ele segue atrás dela e faz um gesto com a mão esquerda levantada. Não é possível entender o significado do gesto pela imagem.>
Foi essa funcionária que relatou em depoimento no sábado (21) que João Alberto passou a encará-los enquanto estava no caixa. Ela disse que não entendeu o que Beto disse, por causa do barulho e da máscara, e que ele "não parecia estar fazendo uma brincadeira quando gesticulou em direção a ela e seu colega, mas parecia estar furioso com alguma coisa".>
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A esposa Milena, segundo o Fantástico, deu outra versão à polícia sobre esse momento. Ela afirmou que seu marido "fez um sinal com as mãos para uma moça magrinha de roupa preta, em forma de brincadeira".>
Nos minutos seguintes, João Alberto volta para perto da mulher e espera ela passar as compras pelo caixa. Então chega uma terceira funcionária de branco, a fiscal Adriana Alves Dutra -que depois intimidou o homem que gravava o espancamento-, e conversa com o segurança Magno e com João Alberto.>
Um segundo vigilante, Giovane Gaspar, aparece, coloca a mão nas costas do cliente e os três -a mulher de branco e os dois seguranças- o seguem até a saída do mercado. Uma outra câmera mostra João Alberto descendo a esteira rolante, com os funcionários atrás. Quando Milena aparece segundos depois com o carrinho, mais dois funcionários passam correndo por ela.>
Possivelmente, essa foi a hora em que, em outra imagem, João Alberto dá um soco em um dos vigilantes ao chegar na porta. Ele depois foi espancado por pelo menos dois minutos e asfixiado por quase quatro minutos, diante de 15 testemunhas, e morreu no local.>
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