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Deputado desde 95, Ricardo Barros relatou projeto 'anti-Lava jato'

Deputado desde 95, Ricardo Barros relatou projeto "anti-Lava jato"

No ano passado, Barros foi denunciado pela Procuradoria da República no Distrito Federal em ação por improbidade administrativa relacionada ao período em que foi ministro de Temer

Publicado em 13 de agosto de 2020 às 11:03

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Deputado federal Ricardo Barros (PP - PR)
O novo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). (Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

Integrante do Centrão, deputado federal por seis legislaturas e ex-ministro da Saúde de Michel Temer, o novo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), tem um histórico de serviços prestados a outros governos. Foi líder do governo na gestão de Fernando Henrique Cardoso, vice-líder na época de Luiz Inácio Lula da Silva e ex-ministro da Saúde no governo de Michel Temer.

Barros foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1995.

Formado em engenharia civil, Barros tem a política como herança familiar. Ele é filho do ex-prefeito de Maringá e deputado Silvio Magalhães Barros (1927-1979). O novo líder é casado com Cida Borghetti (PP), governadora do Paraná entre abril e dezembro de 2018. Eleita vice na chapa do ex-governador Beto Richa (PSDB), ela assumiu o comando do Estado quando o titular renunciou para se candidatar ao Senado e foi derrotado.

No ano passado, Barros foi denunciado pela Procuradoria da República no Distrito Federal em ação por improbidade administrativa relacionada ao período em que foi ministro de Temer. O Ministério Público aponta irregularidades na compra de medicamentos destinados ao tratamento de doenças raras pela pasta. Segundo a denúncia, o então ministro fez pressão para que houvesse pagamento antecipado no valor de R$ 19 milhões pela entrega de lotes do produto a uma empresa. O valor foi repassado em novembro de 2017, mas a entrega não foi feita. O caso ainda não foi julgado e, segundo o parlamentar, uma ação semelhante já foi rejeitada pela Justiça. Em nota divulgada na época da denúncia, Barros negou qualquer irregularidade na contratação.

Na esfera eleitoral, o TRE do Paraná, em outubro de 2019, decidiu cassar mandato do deputado federal por compra de votos na eleição de 2018, em um jantar de campanha. Em janeiro, a decisão foi anulada, mas o deputado ainda não se livrou da ação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral. Ainda falta passar pela análise do Tribunal Superior Eleitoral.

Também em 2019 o deputado do Progressistas foi relator da chamada Lei de Abuso de Autoridade, que prevê punições a agentes públicos em uma série de situações e foi considerada uma reação da classe política às operações recentes contra corrupção, como a Lava Jato.

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