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Decisão de adiar Enem foi tomada após conversa com Maia, diz Bolsonaro

Decisão de adiar Enem foi tomada após conversa com Maia, diz Bolsonaro

Nesta quarta-feira (20), logo no início da sessão remota da Câmara, Maia cobrou uma sinalização do presidente sobre o assunto

Publicado em 20 de maio de 2020 às 17:21

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Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia
Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia. (Carolina Antunes/PR)

presidente da República, Jair Bolsonaro, usou as redes sociais nesta quarta-feira, 20, para anunciar a decisão de adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele afirmou que tomou a decisão após conversar com presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). As provas nacionais, que ocorreriam em novembro, ainda não têm data definida.

"Por conta dos efeitos da pandemia de COVID-19 e para que os alunos não sejam prejudicados pela mesma (sic), decidi, juntamente com o Presidente da Câmara dos Deputados, adiar a realização do ENEM 2020, com data ser definida", escreveu Bolsonaro.

Nesta quarta, logo no início da sessão remota da Câmara, Maia cobrou uma sinalização do presidente sobre o assunto. O deputado havia dado até o fim das votações da Casa para que o Executivo se posicionasse ou iria colocar em votação projeto que estabelecia o adiamento do exame.

Em nota divulgada no período da tarde pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o governo informou o adiamento da aplicação dos exames nas versões impressa e digital. "As datas serão adiadas de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais", informou a nota.

O comunicado do Inep e a publicação de Bolsonaro sobre o adiamento ocorrem após grande relutância do ministro da Educação, Abraham Weintraub, em fazer alterações nos exames. No Twitter, na terça, ele anunciou que consultaria os estudantes virtualmente sobre um possível adiamento e hoje admitiu a mudança por 30 a 60 dias das datas originais do edital.

O adiamento do Enem foi aprovado na terça com a maioria dos votos pelo Senado, mas sem estabelecer nova data. A proposta chancelada pelos senadores prevê que em caso de estado de calamidade, como o atual, os processos seletivos para a educação superior serão prorrogados.

Mesmo com as sinalizações dos parlamentares, o presidente Jair Bolsonaro ainda resistia. Pela manhã, ele disse ser "muito cedo" para se decidir sobre o Enem. "Vamos esperar um pouquinho mais, é muito cedo. Nós estamos agora em maio, é novembro (a prova), espera um pouquinho mais para tomar decisão", disse de manhã para apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada.

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