Publicado em 16 de abril de 2021 às 16:39
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que deve convocar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 para a próxima quinta-feira (22) ou para a terça-feira da semana seguinte, dia 27. Em coletiva de imprensa, ele anunciou que vai publicar o ato com os procedimentos de instalação na próxima segunda (19). >
O senador Omar Aziz (PSD-AM), próximo ao governo, é o favorito para presidir a CPI. Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição, deve ficar com a vice-presidência, conforme negociação feita até o momento. Renan Calheiros (MDB-AL), outro crítico de Bolsonaro, é cotado para ser o relator da comissão. O governo tenta, porém, tirar Renan do páreo e emplacar Marcos Rogério (DEM-RO), aliado do Planalto, na relatoria.>
A escolha do presidente e do vice é feita pelo voto. Normalmente, há acordo de lideranças para essa definição, mas somente a eleição oficializa os nomes. Após ser eleito pelos integrantes do colegiado, o presidente da CPI indica formalmente o relator e pauta um cronograma de trabalho para votação. Pacheco evitou comentar os nomes e disse que não cabe ao presidente do Senado definir presidente e relator da comissão.>
Pacheco afirmou que está garantindo com "bastante agilidade" os atos preparatórios para o funcionamento da CPI, mas afirmou que sua atuação vai se limitar à instalação da comissão. Aliado do Palácio do Planalto, ele prometeu não interferir no andamento da investigação.>
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"Uma vez cumprindo essa minha parte como presidente do Senado, de garantir que haja uma sessão de instalação com eleição do presidente e do vice-presidente da forma adequada, eu não mais interferirei nas questões da CPI porque não é meu papel fazê-lo", disse.>
Pacheco afirmou que a reunião de instalação deve ser presencial. A partir daí, o formato de reuniões caberá aos integrantes da comissão. A necessidade de isolamento social, em função da covid-19, é apontada como fator para atrasar o funcionamento da CPI.>
Depoimentos de testemunhas, ponderou Pacheco, precisam ocorrer necessariamente no formato presencial, em função da necessidade de garantir que essas pessoas não se comuniquem com outras e sejam coagidas. Investigados pela comissão, por outro lado, podem ser ouvidos virtualmente porque têm direito, inclusive, a não comparecer ou a não falar após uma convocação, disse o presidente do Senado.>
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