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Coronavac funciona contra cepa do Amazonas, indica estudo preliminar

Coronavac funciona contra cepa do Amazonas, indica estudo preliminar

O imunizante teria se mostrado efetivo contra a nova cepa em estudos feitos com o soro de pessoas vacinadas

Publicado em 9 de março de 2021 às 16:24- Atualizado há 3 anos

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Indígenas começam a receber a 2ª dose da vacina coronavac
Indígenas começam a receber a segunda dose da vacina coronavac. (Prefeitura de Aracruz)

Resultados preliminares de um estudo feito no Brasil sugerem que a Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, é eficaz contra a variante P.1 do coronavírus, originada em Manaus no fim de 2020 e já presente em ao menos 17 Estados.

O imunizante teria se mostrado efetivo contra a nova cepa em estudos feitos com o soro de pessoas vacinadas, segundo afirmou uma fonte envolvida nas pesquisas que não quis se identificar. Os estudos com soro geralmente avaliam se os anticorpos presentes no sangue do imunizante são capazes de neutralizar o vírus.

A fonte não divulgou mais dados nem informou quando os resultados serão divulgados publicamente ou em um artigo científico. A informação sobre esses achados preliminares foi confirmada com pessoas envolvidas nas pesquisas. De acordo com as fontes, além dos dados das pesquisas em laboratório, com o soro dos vacinados, resultados preliminares de estudos de efetividade também demonstraram redução de casos graves entre idosos, o que indicaria que a vacina está tendo eficácia no País mesmo em meio à disseminação da nova cepa do coronavírus.

Os estudos de efetividade são os chamados testes "de vida real", em que a eficácia da vacina é avaliada ao ser aplicada em massa na população. Bons resultados já estão sendo observados em locais como os Estados de São Paulo e Pernambuco.

CEPA PERIGOSA

Pesquisas recentes mostram que a variante P.1 é duas vezes mais transmissível do que as cepas predominantes no Brasil durante a primeira onda. Segundo os estudos, ela teria ainda probabilidade de 25% a 61% maior de escapar da imunidade desenvolvida, com base em uma contaminação prévia e aumentaria em dez vezes a carga viral nas células do doente.

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Na semana passada, fontes também informaram à imprensa que o imunizante Covishield, desenvolvido pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica britânica AstraZeneca, se mostrou eficaz contra a cepa P.1. Os dados dos testes, porém, não foram apresentados. Os resultados são prometidos para esta semana. Em ambos os casos, a comunidade científica cobra que os resultados detalhados sejam divulgados para que a eficácia da vacina contra a P.1 seja conhecida. Os dois imunizantes já têm sido utilizados, desde janeiro, na campanha nacional de vacinação.

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