Publicado em 18 de fevereiro de 2021 às 17:33
- Atualizado há 5 anos
O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) informou a seus colegas, por meio de ofício circular enviado nesta quinta-feira (18), que decidiu reassumir seu mandato na Casa. Em outubro do ano passado, o parlamentar foi flagrado com dinheiro na cueca e é acusado de desviar recursos destinados ao combate à Covid-19 em Roraima. >
A licença solicitada por ele na ocasião terminou nesta quarta-feira (17), mesmo dia em que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não prorrogar o afastamento do senador.>
No ofício aos colegas, o ex-vice-líder do governo no Senado se defendeu das acusações de que os R$ 33.150 que escondeu nas roupas íntimas teriam conexão com emenda parlamentar no valor de R$ 19 milhões, destinada por ele ao Fundo Estadual de Saúde de Roraima.>
Em sua defesa, Rodrigues anexou ao documento uma cópia de sua declaração de imposto de renda mais recente, na qual ele destaca uma linha com a cifra de R$ 158 mil classificada como "numerário em cofre particular".>
>
Ele também apresentou aos senadores documentos da gestão estadual roraimense informando que os R$ 19 milhões relativos a sua emenda parlamentar ainda não foram utilizados.>
"Tomo a iniciativa de, humilde e respeitosamente, prestar alguns esclarecimentos fundamentais neste momento, visto que as circunstâncias terríveis que assombraram a minha vida me impediram inclusive de poder sequer me defender das brutais e kafkanianas imputações feitas contra mim", escreve Rodrigues. O senador afirma ter recorrido a remédios psiquiátricos para "restaurar o mínimo de sanidade".>
Aos colegas, ele pede desculpas por, nas suas palavras, não ter conseguido manter o "comportamento de equilíbrio mais adequado" ao ser abordado por agentes da Polícia Federal.>
"Posso ter cometido atos que, vistos de fora do prisma daquele lugar, naquele momento, com o medo e a responsabilidade de ter de assegurar os recursos destinados ao pagamento dos funcionários de empresa de minha família, podem ser rotulados como ridículos ou lamentáveis", diz o senador.>
Por fim, Rodrigues afirma que a dor e a vergonha do episódio que protagonizou serviriam para ele se aproximar mais de "sofrimentos alheios" e dos que "são açoitados por injustiças ainda mais implacáveis". "É para isso que pretendo dedicar os anos restantes de minha vida e de meu mandato", completa.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta