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Bolsonaro e filhos saem de barco de casa de praia onde PF fez operação

Bolsonaro e filhos saem de barco de casa de praia onde PF fez operação

A família do ex-presidente se reuniu no local no fim de semana para realizar uma "live" sobre as eleições municipais

Publicado em 29 de janeiro de 2024 às 10:37

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Um dos locais em que a Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão nesta segunda (29) é a casa de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis, litoral do Rio de Janeiro.

Ao lado dos três filhos políticos, ex-presidente defendeu o deputado Ramagem e acusou o Judiciário (não citou o STF) de persegui-lo e à sua família
Ao lado dos três filhos políticos, ex-presidente defendeu o deputado Ramagem e acusou o Judiciário (não citou o STF) de persegui-lo e à sua família. (Reprodução Youtube)

O local entrou na lista de buscas da PF após a descoberta que Carlos Bolsonaro estava no local, de onde transmitiu uma live com o pai e os irmãos Flávio e Eduardo no domingo (28).

Como mostrou a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o vereador acordou com a notícia de que era um dos alvos da PF quando se preparava para passar mais um dia na praia com o pai em Mambucaba, uma vila histórica de Angra dos Reis (RJ).

Bolsonaro e os filhos estavam no local e saíram da casa de barco. Na live de domingo, o ex-presidente negou que tenha criado uma "Abin paralela" para espionar adversários.

O alvo da PF na casa do ex-presidente, Carlos é suspeito de ser um dos destinatários das informações produzidas de forma ilegal pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Segundo a PF, as medidas desta segunda-feira tem como objetivo "avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin [Agência Brasileira de Inteligência]".

Relatórios produzidos pela agência sob Bolsonaro e o uso do software espião First Mile estão no centro da investigação da PF. Na última quinta (25), a PF deflagrou a operação Vigilância Aproximada, desdobramento da Última Milha, deflagrada em outubro de 2023.

O foco principal nessa fase foram policiais que atuavam na Abin, em especial no CIN (Centro de Inteligência Nacional), estrutura criada durante a gestão Bolsonaro. Um dos alvos foi Alexandre Ramagem, diretor da agência na época em que o uso ilegal do software teria ocorrido.

Os investigadores afirmam que oficiais da Abin e policiais federais lotados na agência produziam essas informações "por meio de ações clandestinas" sem "qualquer controle judicial ou do Ministério Público".

A investigação mostrou que, além de Carlos, envolvidos no esquema teriam utilizada a Abin para favorecer Flávio e Jair Renan. Em live neste domingo (28) ao lado dos filhos Flávio, Carlos e Eduardo, Bolsonaro negou que tenha criado uma "Abin paralela" para espionar adversários.

Carlos ainda não se manifestou sobre a operação desta segunda-feira.

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