Publicado em 23 de novembro de 2021 às 15:56
A campanha do governador João Doria (SP) subiu o tom na disputa contra seu principal adversário nas prévias do PSDB, Eduardo Leite (RS). Os dois concorrem à indicação da legenda para pleitear a Presidência da República em 2022 - decisão que foi adiada no último domingo (21) por causa de problemas apresentados pelo aplicativo de votação.>
"Parece que a companha Eduardo Leite quer tudo, menos o resultado. Combina uma coisa e faz outra. Faz de tudo para melar as prévias. Sabe que no voto dos mandatários e da militância Doria vai ganhar", afirma o coordenador-geral da campanha do governador paulista, Wilson Pedroso.>
O PSDB anunciou que concluirá a votação das prévias presidenciais até domingo (28) e afirmou que, se o aplicativo contratado não oferecer garantias de viabilidade, poderá adotar tecnologia privada para finalizar o processo.>
A decisão foi tomada em reunião na segunda (22) na sede do partido em Brasília e, anunciada como um "acordo" entre as campanhas, acabou sendo contestada pelo governador gaúcho.>
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"A cada dia que passa esse processo vai perdendo a sua credibilidade", afirmou Eduardo Leite.>
Já Doria confirmou "apoio às soluções anunciadas pelo presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo".>
A inconclusão da votação apenas agravou a divisão interna entre João Doria e Eduardo Leite. A disputa está acirrada e o resultado está em aberto. O terceiro concorrente, o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, não tem chances de vencer e, na prática, se alia a Doria.>
Doria e Virgílio defenderam retomar a votação no próximo domingo, enquanto Leite afirmou que a eleição interna deveria ser definida até esta terça-feira (23).>
Diante do fiasco da votação, com aplicativo travado desde 8h30 da manhã até o fim do dia, parte dos tucanos ainda vê com ceticismo a hipótese de manter a votação pelo app, que foi desenvolvido pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs).>
Ao jornal Folha de S.Paulo, o prefeito de Santo André (SP) e coordenador da campanha de Leite, Paulo Serra, disse que a falha no aplicativo de votação pode ter gerado um dano irreversível à sua credibilidade e que, caso ele seja mantido, é possível que o candidato derrotado não reconheça a vitória do adversário.>
"Sinceramente, hoje, acho [que é possível que perdedor não reconheça o resultado]. Há um arranhão na credibilidade no sistema. As alternativas têm que ser construídas conjuntamente, pelas três campanhas, sem essa guerra de narrativas que tem acontecido", afirmou Serra.>
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