> >
Brumadinho: Número de mortos segue em 157; 182 desaparecidos

Brumadinho: Número de mortos segue em 157; 182 desaparecidos

No 15º dia de buscas em Brumadinho, nenhum corpo foi localizado na lama de rejeitos da Vale, em Brumadinho

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 23:06

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
A tragédia causada pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, a 57 quilômetros de Belo Horizonte, completa nesta sexta-feira (06) 15 dias de buscas. . (Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais)

No 15º dia de buscas em Brumadinho, nenhum corpo foi localizado na lama de rejeitos da Vale, em Brumadinho. De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, são 157 mortos, 182 desaparecidos e 393 localizados. O número de corpos identificados subiu de 134 para 151.

A operação de hoje teve 22 equipes em campo e focou a usina de Instalação de Tratamento de Minério (ITM), na parte administrativa -refeitório, casa e estacionamento-, na área da ferrovia e em locais com acúmulo de rejeito. Além disso, os bombeiros usaram botes na região do rio Paraopeba.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais iniciou na segunda-feira (04) uma nova fase de buscas, com mais máquinas pesadas, como escavadeiras. Elas são usadas nas margens da região atingida, onde os rejeitos são mais secos e rasos.

A ideia é fazer um verdadeiro pente-fino na área devastada -cerca de 3,96 quilômetros quadrados (equivalente a mais de dois parques Ibirapuera).

A descoberta de novos corpos, segundo a corporação, tende a ser mais lenta a cada dia, diante do novo patamar de dificuldade da operação. A estratégia agora é dividir a região afetada em 44 quadrantes. Cada um deles, com área equivalente a quatro quarteirões, é ainda subdividido, orientando o trabalho específico de cada uma das equipes.

Parte dos trabalhos segue como anteriormente. Em áreas mais úmidas, bombeiros avançam rastejando sobre a lama, o que evita que afundem. Tapumes servem de plataforma sobre a lama, que em alguns pontos chega a ter 20 metros de profundidade.

Outra técnica usada é fazer perfurações na lama para que o possível odor de corpos soterrados seja identificado por cães farejadores.

As perfurações também podem identificar construções ou veículos soterrados, que podem ter barrado o avanço de corpos levados pela onda e ter sido a tentativa de último refúgio de quem viu a massa de rejeitos se aproximando, no dia 25 de janeiro.

Se algo do tipo for identificado, é iniciada uma escavação. O trabalho é feito em grande parte com as mãos e pás. Quando há a possibilidade de se levar água, pode-se tentar uma mangueira com alta pressão para facilitar e acelerar a escavação.

Segundo os bombeiros, as buscas não têm prazo para acabar, mas, internamente, alguns militares já cogitam a hipótese de não ser possível encontrar todas as vítimas.

Este vídeo pode te interessar

A barragem que se rompeu liberou cerca de 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, que já chegaram ao rio Paraopeba, que passa pela região. Era uma estrutura de porte médio para a contenção de rejeitos de minério de ferro da Vale e estava desativada. Seu risco era avaliado como baixo, mas o dano potencial em caso de acidente era alto.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais