Publicado em 5 de dezembro de 2022 às 13:58
O presidente Jair Bolsonaro (PL) chorou nesta segunda-feira (5) ao participar de uma cerimônia das Forças Armadas em Brasília, mas não discursou. Imagens da TV Brasil mostram o presidente emocionado e secando as lágrimas ao cumprimentar os oficiais promovidos.>
Desde o dia 26 de novembro, ele já participou de três cerimônias do Exército: uma formatura da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) em Resende (RJ), e duas promoções de oficiais em Brasília. Ele não se manifestou publicamente em nenhuma das ocasiões.>
Hoje, foi a primeira vez que o presidente apareceu em um evento ao lado da esposa, Michelle Bolsonaro, desde 30 de outubro, quando perdeu as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).>
Desde o resultado as urnas no 2º turno, Bolsonaro está recluso. A última vez em que falou diante da imprensa foi em 1º de novembro, no Palácio do Alvorada, ocasião em que não reconheceu o resultado da eleição e terceirizou para o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), a autorização para o começo da transição. Na ocasião, estradas federais e estaduais enfrentavam bloqueios de bolsonaristas em atos golpistas.>
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Neste período, o presidente reduziu a frequência de publicações nas redes sociais, e deixou até de fazer lives semanais, hábito que manteve durante todo o mandato. Bolsonaro chegou a passar 20 dias sem aparecer no Palácio do Planalto, seu local de trabalho. Neste intervalo, despachou e recebeu aliados no Alvorada.>
Segundo aliados de Bolsonaro, a reclusão seria causada por uma erisipela, um tipo de infecção na pele que causa feridas inflamadas e doloridas. Domingo (4), o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) publicou uma foto da perna machucada do pai, dizendo ser de poucos dias atrás.>
No entanto, pessoas próximas ao presidente ouvidas pelo colunista do UOL Chico Alves disseram que o presidente está abatido após a derrota eleitoral, e que o comportamento dele causa preocupação. "Ele acreditava que haveria alguma mudança no quadro político, em razão das manifestações à porta dos quartéis e nas rodovias, mas acho que percebeu que não tem jeito", disse um amigo que esteve com ele na formatura da Aman.>
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