> >
Bolsonaro amplia acesso de alunos de escolas privadas ao Prouni

Bolsonaro amplia acesso de alunos de escolas privadas ao Prouni

Novas regras publicadas no Diário Oficial da União permitem acesso de estudantes pagantes ou com bolsas parciais. A medida vai ampliar o acesso para estudantes

Publicado em 7 de dezembro de 2021 às 16:55

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
As inscrições para o Programa Universidade Para Todos (Prouni) 2021, programa que seleciona candidatos para bolsas parciais e integrais em universidades particulares, abre nesta terça-feira (12) e termina às 23h59 de sexta (15)
As inscrições para o Programa Universidade Para Todos (Prouni) 2021, programa que seleciona candidatos para bolsas parciais e integrais em universidades particulares, abre nesta terça-feira (12) e termina às 23h59 de sexta (15). (Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress)

presidente Jair Bolsonaro (PL) editou medida provisória (MP) nesta segunda-feira (6) ampliando acesso de alunos egressos de escolas privadas no Prouni (Programa Universidade para todos).

Hoje podem participar quem estudou em escola pública e quem fez ensino médio em escola particular com bolsa integral.

A medida vai ampliar o acesso para estudantes pagantes ou que tiveram bolsa parcial em instituições privadas no ensino médio.

O governo também tirou a previsão de bolsas de 25% nas instituições de ensino superior, permitindo apenas as integrais e de 50%.

Essas novidades, contudo, passarão a valer apenas a partir de 1º de julho de 2022. As demais mudanças no texto, por se tratar de MP, tem caráter imediato.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, é egresso do sistema privado de ensino superior. Foi vice-reitor da Universidade Mackenzie, em São Paulo, no início dos anos 2000.

A medida provisória altera duas leis que versam sobre o Prouni (11.128 e 11.096, ambas de 2005). O texto foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (7).

Segundo o Planalto, o objetivo é "ampliar as políticas de inclusão na educação superior, diminuindo a ociosidade na ocupação de vagas antes disponibilizadas e promover o incremento de mecanismos de controle e integridade e a desburocratização."

Outra novidade é que a proibição de acumulação de bolsas de estudo do Prouni e a concessão delas a estudantes já matriculados. Quem tiver 75% do curso concluído também não poderá mais participar.

Além disso, a medida provisória passa a dispensar o MEC (Ministério da Educação) de apresentação de documento que comprove renda familiar mensal bruta pelo estudante e comprovante de situação de pessoa com deficiência, quando essas informações já estiverem presentes em bancos de dados do governo.

A medida traz novidades também para as instituições participantes. Prevê espécie de quarentena de até três processos seletivos do Prouni para quem não cumprir as regras determinadas pela lei.

O governo retirou trecho que exigia contrapartida, nesses casos, com o "restabelecimento do número de bolsas a serem oferecidas gratuitamente, que será determinado, a cada processo seletivo, sempre que a instituição descumprir o percentual estabelecido no art. 5º desta Lei e que deverá ser suficiente para manter o percentual nele estabelecido, com acréscimo de 1/5 (um quinto)".

A desvinculação do programa ocorrerá se a instituição for reincidente numa falta grave, como já prevê a lei. Mas a novidade é que ela poderá aderir novamente ao Prouni após a realização de seis processos seletivos regulares.

O Prouni oferece bolsas integrais e parciais para candidatos que comprovarem renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo e 3 salários mínimos, respectivamente.

Só podem se inscrever estudantes que não possuam diploma de ensino superior e que tenham feito a prova do Enem. É preciso ter obtido, no mínimo, 450 pontos e não ter tirado nota zero na redação.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais