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Após suspeita de fraude, Covas suspende contratos de compras na Saúde

Após suspeita de fraude, Covas suspende contratos de compras na Saúde

A decisão foi tomada nesta sexta-feira (7), um dia após a operação Nudus, da Polícia Federal, apontar suspeitas de fraudes em dois contratos emergenciais para a aquisição de 600 mil aventais

Publicado em 7 de agosto de 2020 às 19:39

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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas durante entrevista coletiva
O  prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB). (João Alvarez/Fotoarena/Folhapress)

 O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), suspendeu as licitações que estavam em fase inicial da Secretaria Municipal de Saúde relacionadas à AHM (Autarquia Hospitalar Municipal).

A decisão foi tomada nesta sexta-feira (7), um dia após a operação Nudus, da Polícia Federal, apontar suspeitas de fraudes em dois contratos emergenciais para a aquisição de 600 mil aventais descartáveis que seriam destinados a hospitais da capital gerenciados pela autarquia. Juntos, os dois contratos somam R$ 11 milhões.

Segundo a Polícia Federal, a chefe do setor de compras da AHM é namorada do dono da empresa responsável pelo fornecimento dos aventais.

Na quinta (6), a Polícia Federal esteve nos endereços dos dois suspeitos, mas os localizou num hospital da capital paulista. Os celulares de ambos e uma amostra dos aventais foram apreendidos.

Os aventais serão encaminhados à perícia para comprovar ou não a justificativa apresentada para explicar o alto custo: o produto teria proteção contra bactérias.

Também na quinta, o controlador-geral do município, João Manoel Scudeler de Barros, oficiou o TCU (Tribunal de Contas da União) e solicitou documentos e provas colhidas pela Polícia Federal nas investigações sobre o caso.

Barros fará uma investigação interna para responsabilizar empresas e servidores públicos envolvidos nos supostos esquemas de fraude.

A AHM, que administra 11 hospitais municipais da capital paulista, como o Jabaquara (zona sul) e o Tatuapé, o Ermelino Matarazzo e o Tide Setúbal (zona leste), será extinta.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, a pasta será reorganizada administrativamente. Com a mudança, a gestão dos hospitais passará a ser feita pela própria secretaria de Saúde.

A secretaria de Saúde e a prefeitura foram procuradas, mas não se manifestaram até a publicação desta reportagem.

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