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É deputado federal, vice-líder do governo e presidiu a Comissão Mista da Medida Provisória 868/18 e a Comissão Especial destinada a analisar o Projeto de Lei 3261/2019, que atualiza o Marco Legal do Saneamento Básico

Marco do Saneamento é o caminho para um país mais sustentável e digno

Um ano após a sanção presidencial, primeiros passos rumo à resolução da questão humanitária mais urgente do Brasil já são uma realidade

  • Evair Vieira de Melo É deputado federal, vice-líder do governo e presidiu a Comissão Mista da Medida Provisória 868/18 e a Comissão Especial destinada a analisar o Projeto de Lei 3261/2019, que atualiza o Marco Legal do Saneamento Básico
Publicado em 15/07/2021 às 14h00
Obra de saneamento no ES: oportunidades serão criadas com coleta e tratamento de esgoto
Obra de saneamento no ES: oportunidades serão criadas com coleta e tratamento de esgoto. Crédito: Cesan/Divulgação

Sonhar com um país sustentável e com altos níveis de saúde e desenvolvimento humano foi, por muito tempo, uma utopia para os brasileiros. Hoje, quase 35 milhões de pessoas ainda não possuem acesso à água potável no Brasil. Cerca de 100 milhões não têm serviço de coleta de esgotos — jogamos na natureza, todos os dias, mais de cinco mil piscinas olímpicas de resíduos sem tratamento.

Os anos de desprezo político pelo âmbito mais básico da saúde e dignidade humana se tornaram estatísticas desafiadoras. Entretanto, há um ano o primeiro passo foi dado: a sanção presidencial do novo Marco Legal do Saneamento Básico é a garantia de avanços essenciais e um novo sopro de esperança para a nossa nação.

A nova legislação tem como objetivo universalizar e qualificar a prestação dos serviços no setor. A meta do governo federal é, até 31 de dezembro de 2033, garantir que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e à coleta de esgoto. Além disso, projeções do Ministério da Economia indicam a geração de 700 mil empregos e investimentos próximos aos R$700 bilhões nos próximos 14 anos.

Para isso, a eficiência se tornou uma premissa indiscutível. O novo Marco determina a realização de licitação, com participação de empresas públicas e da iniciativa privada, acabando com o direito de preferência das companhias estaduais. A realização de um processo de livre concorrência entre as empresas interessadas possibilitará a prestação do serviço por quem o fizer com maior competência, eliminando os chamados “contratos de programa”.

Os contratos celebrados após a sanção da lei devem possuir metas de aperfeiçoamento estabelecidas pela proposta. O Marco do Saneamento visa à eficiência e ao uso racional da água, da energia e de outros recursos naturais, além de ao reúso de despejos e à redução de perdas na distribuição de água tratada. Há também a definição de novos prazos para o encerramento de lixões a céu aberto: capitais e regiões metropolitanas terão até 31 de agosto de 2021 e municípios com menos de 50 mil habitantes terão até 2024.

No caminho rumo à universalização da dignidade humana de norte a sul do Brasil, o Espírito Santo é destaque. Em outubro de 2020, Cariacica e Viana se tornaram os primeiros municípios do estado a serem beneficiados pela nova lei: serão R$ 580 milhões em infraestrutura e saneamento, beneficiando 402 mil moradores. O pioneirismo capixaba na construção de um país onde a saúde e a sustentabilidade serão conquistas indissociáveis já está marcado na história. O que um dia foi utópico se tornará um legado.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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