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Amarras governamentais limitam a prosperidade dos empreendedores

O setor de comércio emprega 22,3% dos trabalhadores formais brasileiros, sendo, portanto, o maior empregador nacional e, portanto, um pilar  importante do nosso cenário econômico

  • Karen Meirelles
Publicado em 29/09/2020 às 14h00
Loja de varejo
Loja de varejo: poucos segmentos da economia reagem tão rapidamente às transformações pelo tempo quanto o comércio. Crédito: Pixabay

O varejo brasileiro teve um impacto de 62,5% no PIB de R$6,8 trilhões do país em 2018. Além disso, de acordo com o IBGE, o setor de comércio, organizado em atacado e varejo de mercadorias, emprega 22,3% dos trabalhadores formais brasileiros, sendo, portanto, o maior empregador brasileiro e constituindo um importante pilar da economia nacional.

Poucos segmentos da economia reagem tão rapidamente às transformações pelo tempo quanto o comércio. Afinal, essa é natureza de um negócio que existe antes mesmo da invenção do dinheiro. No entanto, acompanhar os desafios que o mercado impõe aos empresários nos tempos de hoje tem sido uma tarefa complexa, uma vez que nunca houve tantas mudanças nos cenários de economia de mercado.

As relações de consumo mudam drasticamente com as novas tecnologias, interferindo em todos os processos executados pelo varejo, desde estratégias de mercado à comunicação com os consumidores. Tendo que lidar com uma vasta quantidade de dados e com a internet em volume cada vez maior, as redes varejistas precisam acompanhar o intenso processo de transformação digital e, dessa forma, adequar continuamente seus diversos canais ao consumidor para garantir linearidade de atendimento, seja qual for a esfera em questão.

Você consegue se imaginar sem as tradicionais visitas às lojas varejistas para escolha de seus produtos? Eu consigo, mas nem todo público é adepto dessa modalidade. Pois bem, os empresários têm o tremendo desafio de lidar com os diferentes perfis de consumidores.

Estamos em um meio em que coexistem, ao menos, dois perfis de clientes: aqueles que não abrem mão dos atendimentos tradicionais e presenciais nas lojas e aqueles que desejam resolver todas as suas demandas com apenas um clique. Além disso, esses dois cenários precisam prover soluções para que ambos tenham similar qualidade de atendimento.

Não bastassem os desafios voltados aos consumidores, é preciso dar atenção à gestão da sua marca e de seus produtos. Jack Welch e Jim Collins muito nos disseram sobre a importância de ter as pessoas certas nas posições certas para assim conquistar o sucesso. Entender e fazer com que seus colaboradores compreendam a missão e os valores da marca é fundamental para se tornar uma empresa próspera e reconhecida no mercado.

Também preciso falar das intervenções estatais. Vigilância sanitária, Anvisa e tantos outros órgãos desenvolvidos com pouca fundamentação e critério. Funcionários que abordam os proprietários com ar de superioridade, e basta uma caneta para que ele aplique advertência ao estabelecimento. São as amarras governamentais limitando, como sempre, o progresso e a prosperidade dos empreendedores.

Não existe fórmula mágica para solução desses desafios, mas, diante de um pilar tão importante em nosso cenário econômico, libertar-se das amarras governamentais seria um grande começo.

A autora é  associada I do Instituto Líderes do Amanhã

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