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É médico oftalmologista do Hospital de Olhos Vitória

Abril Marrom: conheça os cuidados necessários para evitar a cegueira

A prevenção começa desde cedo, com o teste do olhinho realizado no berçário, o qual é fundamental para evitar a cegueira precoce, pois identifica distúrbios visuais em bebês, que podem passar despercebidos nos estágios iniciais do desenvolvimento

  • Renato Vieira Gomes É médico oftalmologista do Hospital de Olhos Vitória
Publicado em 03/04/2024 às 15h17

A cegueira é influenciada por uma variedade de fatores, que incluem desde problemas oculares até doenças sistêmicas e lesões físicas. Essa condição se manifesta em diferentes tipos e níveis.

A cegueira congênita, por exemplo, ocorre quando uma pessoa nasce sem a capacidade de enxergar ou com uma visão extremamente limitada. Geralmente acontece por fatores genéticos e problemas durante o desenvolvimento fetal. Infelizmente, nesses casos, geralmente não há tratamento e os nossos esforços devem ser voltados ao consolo e inclusão desses indivíduos.

Já a cegueira precoce não está presente desde o nascimento, mas se desenvolve nos primeiros anos de vida, normalmente entre 1 e 3 anos de idade. A cegueira adquirida, na maioria das vezes, se manifesta após os três anos e tem o glaucoma, a catarata e a degeneração macular relacionada à idade como as principais causas.

Há também a cegueira parcial, na qual a pessoa tem sua visão significativamente comprometida, mas ainda consegue distinguir vultos a uma curta distância. Por fim, existe a cegueira total (amaurose), que indica uma perda completa da visão, sem possibilidade de percepção luminosa.

O Abril Marrom foi criado com o intuito de combater essas diversas formas de perda de visão. Seu objetivo principal é informar a população sobre os cuidados necessários para evitar a cegueira, uma vez que muitas das principais causas dessa fatalidade são evitáveis se detectadas e tratadas antecipadamente.

A prevenção começa desde cedo, com o teste do olhinho realizado no berçário, o qual é fundamental para evitar a cegueira precoce, pois identifica distúrbios visuais em bebês, que podem passar despercebidos nos estágios iniciais do desenvolvimento.

O acompanhamento oftalmológico deve ser mantido nos primeiros meses de vida, com visitas médicas em média duas vezes ao ano. Essa é uma recomendação da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica. A partir dos dois anos de idade, as idas ao oftalmologista passam a ser anuais, mas é importante que os pais estejam atentos a sinais como dificuldades de aprendizado ou queixas de dores de cabeça, que podem indicar problemas de visão e a necessidade de uma consulta oftalmológica.

Na adolescência e fase adulta, a frequência recomendada permanece de uma vez ao ano. Porém, caso o indivíduo já apresenta um histórico familiar de problemas de visão, diabetes ou problemas cardíacos, a regularidade indicada deve ser individualizada de acordo com a condição do paciente e a critério médico.

exame oftalmológico
Exame oftalmológico . Crédito: Shutterstock

Já na fase idosa, período em que muitos problemas degenerativos se manifestam, as consultas precisam ser mais frequentes, podendo ocorrer a cada seis meses ou, até mesmo, de três em três meses, dependendo do caso.

Além das consultas regulares ao oftalmologista, a adoção de uma alimentação saudável e cuidados como proteger-se dos raios solares com óculos escuros e evitar coçar os olhos são medidas importantes para manter a saúde ocular ao longo da vida e prevenir os riscos de cegueira.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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