Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 16:01
Às vésperas de um novo ano, o momento é de planejamento estratégico e de pensar nos novos desafios. A pauta ESG é uma realidade entre o mercado publicitário capixaba, que esteve representado por diversas agências no lançamento do Anuário Espírito Santo 2022, de A Gazeta, no último dia 12 de dezembro, em Vitória. >
A estratégia ESG como uma oportunidade de diálogo com o consumidor é tida como um dos principais objetivos para o próximo ano, segundo os especialistas. >
Para Fernando Lisboa, diretor-executivo da Prósper Comunicação, o desafio dos profissionais de marketing e das instituições é conseguir se conectar com as necessidades do público, que está cada vez mais exigente >
“É ele que vai cobrar um trabalho de qualidade, com cuidado ao meio-ambiente, a origem dos recursos, da matéria-prima, de atenção ao entorno da comunidade, ou seja, um trabalho de excelência na governança desta empresa que ele consome”, acredita. >
>
Lisboa acredita que, para 2023, essa vai ser uma pauta que estará em voga, com a qual cada fornecedor, cada empresa e cada parceiro precisa estar conectado para desenvolver um trabalho que chegue para além da publicidade. >
A diretora-executiva da Prisma Inteligência de Marketing, Raquel Rampon, revelou que o ESG já tem sido pauta de diversas reuniões junto aos clientes e, inclusive, a agência tem reposicionado algumas marcas com foco nesse olhar. >
“Como empresa de inteligência de Marketing, temos como papel mostrar as tendências para os nossos clientes e a importância de uma atuação responsável para a saudabilidade das marcas. Muitas empresas já atuam nessa linha e não comunicam para a sociedade. Estamos dando luz a isso e ajudando-as a ampliar ainda mais as iniciativas. O evento do Anuário foi excelente, pois corroborou com o nosso trabalho”, comemora. >
Adriana Chamas, diretora de Atendimento da A4 Publicidade, acredita que a cultura de empresas que se posicionam no mercado precisa ser mudada, visto que as gerações mais novas nasceram com uma preocupação ambiental e social muito maior. >
“Nós viemos de um mundo em que existiam mais injustiças, em que a gente consumia as coisas achando que eternamente elas não teriam fim. E a gente teve que se reacostumar e reaprender que, sim, as matérias-primas são finitas, que o mundo está sofrendo e nós estamos pagando com todas as mudanças climáticas, com todo o impacto de opções de consumos que nós fizemos ao longo de toda uma vida”, acredita. >
O presidente do Sinapro-ES, Alexandre Pedroni, atento às inovações de mercado, lembrou do recente case no Festival Colibri, onde inseriu a pauta ESG como tema da construção das campanhas. “Todos os estudantes que participaram tiveram que desenvolver projetos voltados para a pauta do ESG. Isso demonstra a profundidade do assunto e para quem será o futuro próximo do nosso mercado”, afirma. >
Por falar em mercado publicitário, Pedroni pretende acompanhar a evolução da aplicação das diversas formas de tratar cada uma das três vertentes do ESG dentro das empresas. “Nosso papel é acompanhar fazendo a difusão dessas boas práticas, incentivando os nossos associados à implementação e adesão -, não só dentro das agências. E nós, como vetores de projetos e participação ativa nas empresas, incentivarmos os nossos clientes a aderirem a essa importante pauta”, conclui. >
O presidente da Artcom, Adilson Lourenço, ao comentar a agenda ESG no dia a dia da agência, reforça que é uma grande responsabilidade e também uma grande necessidade fazer com que os colaboradores se envolvam cada vez mais com a pauta. >
“Desde 2012, a Artcom vem estudando formas de estabelecer práticas desta jornada e contribuir com os objetivos de desenvolvimento sustentável de todo seu sistema. Um evento como o lançamento do Anuário Espírito Santo, de A Gazeta, nos desperta para a urgência de que todo o nosso potencial precisa ser aproveitado para, de fato, impactar positivamente a sociedade através dos critérios ESG. Podemos e devemos fazer infinitamente mais”, acredita. >
Muitos avanços ainda precisam ser feitos para que as marcas e empresas consigam lidar de forma cada vez mais apropriada com os pilares da sustentabilidade empresarial. O mercado mostra que os investidores estão à procura de investimentos que levam os critérios do crescimento sustentável em consideração – e o ESG é o parâmetro para isso. >
Mas, sem dúvida, é necessário e fundamental entender e se apropriar do tema, vivê-lo com verdade, para poder reproduzir esses resultados e iniciativas ao consumidor em forma de marketing transparente e não com campanhas de ESG-washing. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta