Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 14:19
No primeiro mês do ano, celebra-se o Janeiro Branco, uma campanha dedicada à conscientização sobre a importância da saúde mental. A escolha de janeiro, tradicionalmente associado a recomeços e planejamento para o ano, reforça a ideia de que é o momento ideal para refletir sobre o bem-estar emocional e psicológico. >
Cuidar da saúde mental é essencial porque ela impacta diretamente todos os aspectos da vida, como as relações pessoais, o desempenho profissional e a qualidade de vida. Por isso, abaixo, o Dr. Marcio J. Dal-Bó, psiquiatra, psicanalista e professor da UniSul, a convite da Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país, lista algumas dicas para manter o bem-estar social e psicológico. Confira! >
As pessoas são diferentes umas das outras – são únicas –, e cada uma tem seus gostos, desgostos, afinidades, dificuldades. Não existe algo que tenha o mesmo valor para todos. O que ajuda na boa saúde mental é cada pessoa ter possibilidade de descobrir suas especificidades e viver em acordo com elas. Essa busca pode ser um desafio, mas vale a pena. >
As férias são importantes, desde que sejam períodos de tranquilidade, descanso e prazer. Mas é essencial que a pessoa esteja bem em seu período de trabalho, na sua vida rotineira, pois não é algo separado da vida pessoal. É importante planejar férias levando em conta a própria individualidade, gostos pessoais, afinidades, amigos, amores etc. >
>
Viver uma vida desconectado do que se é, com desprezo à própria história, gostos e afinidades, é uma forma de descuidar da saúde mental. Estar desconectado de si é descuidar da saúde mental , além de ser um prato cheio para doença mental. >
Nos dias de hoje, com a velocidade das informações, as pessoas acabam tendo que pensar mais rápido, dar respostas rápidas, sem tempo de pensar, e isso pode causar uma certa angústia. Neste contexto, as redes sociais acabam influenciando a saúde. É importante criar uma conexão saudável em suas redes, com espaços de discussão, de troca de ideias, de respeito às diferenças, pensando na individualidade. >
Ter uma rede de apoio que se possa contar é imprescindível. A sensação de desamparo e solidão é massacrante. Uma rede de apoio pode ajudar em uma retomada após um período difícil e/ou evitar um desastre. Mas é importante que as pessoas reflitam sobre o porquê se sentem tão sozinhas e qual sua participação nesta condição. Assumir as próprias responsabilidades na qualidade da própria vida é libertador. >
É importante buscar um tratamento que ajude a reconhecer os reais motivos de insatisfações. Tratamentos rápidos são importantes para urgências e emergências, mas um profissional conseguirá reconhecer bem seu paciente a longo prazo e ter a chance de ajudar a entender e compreender a sua existência única. >
Por Juliana Antunes >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta