As emoções estão à flor da pele para a final da Libertadores neste sábado, em Lima, no Peru. A cidade já está recebendo um grande quantidade de visitantes que não param de chegar para prestigiar o jogo entre Flamengo e River Plate. Mas o que Lima tem a oferecer aos seus visitantes além do grande jogo?
O turismólogo Gabriel Veronese é um profundo conhecedor da cidade e revela que existe muito, muito mesmo, pra se fazer. "Lima sempre foi negligenciada pelos brasileiros por ser considerada apenas a porta de entrada do Peru para Machu Picchu, mas ao longo dos anos se desenvolveu como uma capital cultural e gastronômica muito importante. Há muito mais para se ver em Lima do que apenas o jogo Flamengo x River Plate", garante ele. Confira as dicas:
Quanto tempo ficar?
Recomendo o mínimo de duas noites (caso o voo de chegada seja ainda durante o dia) para conseguir aproveitar tudo e fazer o roteiro abaixo.
Onde se hospedar?
Existem três bairros muito especiais em lima: o primeiro é à beira mar, o segundo é bastante boêmio e o terceiro bem elitista. Ai depende do que procuras.
No meu caso, me hospedei primeiro em Barranco e tirei o primeiro dia para conhecer o bairro. Tirei fotos com a arte urbana e grafites típicos da região. Barranco é um bairro jovem, boêmio, como a Vila Madalena, em São Paulo.
Barranco e Miraflores
Barranco é um ótimo lugar para assistir o pôr do sol sobre o Pacífico; o ideal é chegar no final da tarde para as melhores vistas. Vale muito a pena conhecer a Ponte dos Suspiros, que é um marco para a região. A bela ponte de madeira foi construída para atravessar a Bajada de los Baños, que leva ao Pacífico. Moradores e visitantes gostam de apreciar a vista beira-mar da ponte.
À noite, fui até Miraflores (é possível até mesmo fazer a pé o percurso) e jantei no Larco Mar, um shopping construído em cima de uma falésia, com vista linda para o mar. Havia um show de música ao vivo no pátio também. Em seguida, visitei o Parque de La Reserva, que fica aberto até tarde (22:30h se não me engano) e que tem o show das águas, que é mais bonito de se ver à noite.
Centro Histórico
No segundo dia, recomendo um City Tour no centro histórico de Lima, que é um museu a céu aberto: as ruas fecham em certos domingos do mês e tudo deve ser feito a pé, passando pela Catedral de Lima, a Basílica e o Convento de São Francisco, museus, etc.
Gastronomia
A gastronomia peruana é reconhecida no mundo por sua variedade de pratos típicos em cada região: costa, selva e serra. Seus ingredientes compõem uma culinária única. Desde os peixes e frutos do mar até os diversos cereais e tubérculos andinos, encontramos uma diversificada e nutritiva gama de opções que somente uma cidade como Lima pode oferecer.
À noite, sugiro jantar no Astrid y Gastón em San Isidro, um restaurante mega disputado que precisa ser reservado muito tempo antes, e que está entre os 50 melhores restaurantes do mundo (obteve a 14 ª posição na lista) e o melhor da América Latina. Eu não consegui ir justamente por isso, mas o chef (Gastón) tem uma história bem legal, sendo conhecido como o embaixador da gastronomia peruana, muita conhecida também pelos ceviches.
O menu do Astrid y Gastón muda a cada estação, ou seja, são servidos 4 menus por ano, pois eles usam somente os ingredientes da época e totalmente orgânicos.
Último dia em Lima
No dia de partida de volta para o Brasil ou de ida para outro destino do Peru (normalmente as pessoas vão pra Cusco), eu recomendaria acordar cedo para caminhar à beira mar e sobre às falésias e já se programar para partir, porque o trânsito em Lima é um capítulo à parte, muito caótico, bem pior que o de São Paulo ou Rio.
Caso a pessoa tenha uma noite a mais, eu recomendo uma visita às Ruínas Pré Incas, em um sítio arqueológico que fica a mais ou menos 30km de Lima. Só dá pra fazer se realmente tiver 1 noite a mais, porque 30km em Lima leva muito tempo, devido ao trânsito intenso.
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