O cooperativismo tem se consolidado como uma das principais forças da economia capixaba. O segmento já responde por 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo, gerando 9,5 mil empregos diretos. Com um investimento anual na casa de R$ 1 bilhão, o setor tem colhido como resultado o reconhecimento do mercado ano após ano.
Mais uma vez no Prêmio Recall de Marcas Rede Gazeta, as cooperativas lideraram a preferência dos consumidores em vários segmentos. A pesquisa trouxe mais uma vez no topo marcas mais lembradas pelo público, empresas como Sicoob, Unimed e Selita.
Para a Organização de Cooperativas do Brasil no Espírito Santo, a OCB/ES, isso é fruto de um trabalho cada vez mais forte de governança, gestão e transparência, como destaca o superintendente da entidade, Carlos André Santos de Oliveira, o Carlão, que ainda ressalta que o modelo de negócio faz a diferença.
O superintendente frisa duas preocupações crescentes do setor. “Uma é a social. Nós somos realmente preocupados com questões sociais e isso não é da boca para fora. Não é um modelo de negócio que só visa o lucro, mas que também pensa nas pessoas, que um indutor de desenvolvimento e cidadania para as pessoas e comunidades onde estamos”.
A outra preocupação é o aprimoramento dos seus processos. “O cooperativismo no Espírito Santo tem passado por um processo de maturidade crescente, aprimorando e melhorando sua governança, gestão e transparência. Isso tudo se reflete no quadro social das cooperativas, na sociedade, nos clientes e consumidores dos produtos e serviços, sendo possível esse reconhecimento”.
O Sistema OCB/ES conta hoje com 119 cooperativas registradas e 502 mil cooperados. A movimentação econômica anual é de R$ 6,6 bilhões, segundo dados do Anuário do Cooperativismo Capixaba 2021 referentes a 2020, o que gerou R$ 429 milhões em impostos e taxas pagos.
Com o modelo de negócio diferenciado, as cooperativas capixabas conseguiram, inclusive, crescer durante a pandemia. O superintendente da OCB/ES explica que todos os segmentos apresentaram bons resultados no período.
“Quando vem a crise, nós do cooperativismo crescemos. É assim no mundo inteiro, porque conseguimos sobreviver e crescer na dificuldade, transformando ela em oportunidade”, diz o executivo ao citar grandes aportes financeiros feitos no período, como a nova indústria de leite da Selita, que demandou R$ 130 milhões em investimento; o novo hospital da Unimed Sul Capixaba, para onde foram destinados R$ 125 milhões; e a ampla expansão do Sicoob, que já atua em 74 dos 78 municípios capixabas.
Para o futuro, segundo Carlão, a perspectiva é que o modelo cresça ainda mais, e em todos os setores, com a expansão de negócios existentes e a chegada de novos.
“Vem muita coisa boa por aí. O cooperativismo agro está se diversificando cada vez mais, há novos players chegando em várias áreas, como uma nova cooperativa financeira grande, e investimentos robustos para fazer as cooperativas cresceram e se consolidarem no Estado.”
Carlos André Santos de Oliveira ressalta que as cooperativas estão aumentando cada vez mais os números de associados, consumidores e clientes dos seus produtos e serviços. “Então, a mensagem é: podem confiar no cooperativismo, pois continuaremos confiando, investindo e trabalhando para o desenvolvimento do Espírito Santo”.
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