> >
Piloto de folga evitou queda de voo um dia antes de acidente em Jacarta

Piloto de folga evitou queda de voo um dia antes de acidente em Jacarta

O piloto estava no assento extra do cockpit no momento da decolagem e diagnosticou corretamente o problema

Publicado em 23 de março de 2019 às 14:10

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Boeing 737 Max. (Reprodução)

Um avião com 189 pessoas a bordo caiu no mar pouco depois de deixar o aeroporto de Jacarta, na Indonésia, em 29 de outubro de 2018.

Uma falha fez com que um sistema automático da aeronave Boeing 737 Max 8 recebesse leituras erradas dos sensores e jogasse repetidamente a ponta do avião para baixo. Todas as pessoas a bordo morreram.

Um dia antes, uma outra equipe de pilotos enfrentou o mesmo problema. O desfecho foi diferente graças a uma ajuda inesperada: um piloto de folga que pegava carona, relata a Bloomberg.

O piloto estava no assento extra do cockpit no momento da decolagem e diagnosticou corretamente o problema.

Ele disse aos colegas para desligarem um sistema de controle de voo que apresentava falhas -e assim salvou todos que estavam a bordo.

A descoberta foi feita no curso das investigações das autoridades de aviação da Indonésia e ajuda a explicar por que alguns pilotos conseguiram evitar quedas quando enfrentaram o mesmo problema –e outros não.

A presença do piloto carona no voo realizado no mesmo modelo de aeronave não constava no relatório preliminar dos investigadores, divulgado no fim de novembro.

Segundo o documento, os pilotos passaram todos os 11 minutos do voo tentando retomar o controle da aeronave.

Eles reergueram à força o avião mais de 20 vezes, mas o erro no sistema fez com que a aeronave continuasse a inclinar para baixo, finalmente caindo no mar de Java a uma velocidade de 720 km/h.

Quatro meses mais tarde, um avião do mesmo modelo operado pela companhia Ethiopian Airlines caiu seis minutos após decolar de Adis Abeba, capital da Etiópia.

A queda matou todas as 159 pessoas a bordo -assim como ocorrera na Indonésia.

A Boeing, fabricante do modelo de avião envolvido nos dois acidentes, cobrava uma tarifa à parte por funções opcionais poderiam ter ajudado os pilotos a detectar leituras erradas de sensores.

Uma das atualizações opcionais, o mostrador de ângulo de ataque, mostra a leitura dos dois sensores. Outra, chamada de luz de divergência, é ativada quando esses sensores não concordam entre si.

Este vídeo pode te interessar

As investigações das causas dos dois acidentes ainda estão em curso.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais