Publicado em 21 de dezembro de 2020 às 15:52
Além do Reino Unido, outros três países foram alvo de restrições de viagens nesta segunda (21), para tentar conter uma mutação do novo coronavírus, que tem maior poder de contágio. >
Os bloqueios atingem passageiros que estiveram na África do Sul, Dinamarca e Holanda, e foram determinados por países como Alemanha, El Salvador, Israel, Sudão, Suécia, Suíça e Turquia.>
As restrições variam entre os governos: a Suíça, por exemplo, vetou apenas voos vindos da África do Sul e do Reino Unido. Já a Arábia Saudita fechou as fronteiras por completo, a qualquer estrangeiro, por uma semana.>
Itália e Austrália também identificaram pessoas com a nova mutação. As medidas de restrição tomadas pelos países tem como objetivo exatamente dificultar a disseminação dessa variação que, por ser 70% mais infecciosa, acaba circulando com maior velocidade. No entanto, ainda é preciso fazer estudos mais aprofundados para confirmar esse dado.>
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Esta nova linhagem, chamada de B117, foi encontrada em maior quantidade no Reino Unido. Isso levou o governo britânico, no sábado (19), a reforçar o lockdown, às vésperas do feriado de Natal, quando há uma grande quantidade de viagens.>
Depois do anúncio do premiê Boris Johnson, dezenas de países passaram a restringir temporariamente a entrada de pessoas vindas do Reino Unido. A lista somava mais de 30 nações no fim da manhã desta segunda (21) na noite de domingo, eram apenas 13. Argentina, Alemanha, Arábia Saudita, Índia, Noruega e Rússia estão entre os países que anunciaram bloqueios.>
O Brasil, até o momento, não restringiu voos de nenhum dos países com casos da nova variação.>
Pesquisas iniciais apontam que a nova mutação tem maior habilidade para entrar nas células humanas, o que aumenta seu poder de contágio. Essa vantagem ocorre por alterações no chamado "spike", a parte usada pelo vírus para forçar a entrada nas células.>
Mutações em vírus são corriqueiras. Conforme o patógeno se reproduz, as novas versões possuem detalhes levemente diferentes das anteriores, embora a maior parte siga igual. Hoje há várias versões do coronavírus circulando.>
Com o tempo, variações mais eficientes acabam se proliferando mais. Um dos pontos que preocupam o governo britânico é que o essa nova variedade já representa dois terços dos novos casos de infecção registrados em Londres.>
As imunizações só precisam ser refeitas em caso de grandes mutações, o que parece não ser o caso atual. Autoridades de saúde disseram neste domingo que as vacinas atuais contra o coronavírus devem dar conta de combater essa nova versão.>
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