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Mais quatro universidades de Portugal passam a aceitar o Enem

Mais quatro universidades de Portugal passam a aceitar o Enem

Três têm sede na capital do país e a outra está localizada na cidade de Oliveira de Azeméis

Publicado em 13 de outubro de 2019 às 18:14

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub. (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Mais quatro instituições de ensino superior de Portugal firmaram convênio com o MEC (Ministério da Educação) para aceitar os resultados do Enem na seleção de alunos para cursos de graduação. Com isso, 41 universidades portuguesas já aceitam o exame.

Três têm sede na capital do país: o Instituto Universitário de Lisboa, a Universidade Autônoma de Lisboa e o Instituto Politécnico da Lusofonia. Já a Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa está localizada na cidade de Oliveira de Azeméis.

As parcerias com instituições portuguesas para aceitar o Enem na seleção teve início em 2014, ainda no governo Dilma Rousseff (PT).

O MEC não forneceu o número total de estudantes que foram estudar em Portugal, mas somente a Universidade de Coimbra recebeu 1.239 alunos e a Universidade do Algarve, 450. As duas instituições tiveram o convênio renovado neste ano.

O governo tem tido conversas com instituições da França e da Espanha para ampliar o aceite do exame para esses países, mas ainda não há previsão de um acerto final.

A quantidade de brasileiros em universidades portuguesas cresceu nos últimos anos. No fim de abril, estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa se revoltaram ao se depararem, na entrada da instituição, com uma caixa de pedras contendo uma placa explicativa: "grátis para atirar em um zuca [termo normalmente pejorativo para designar brasileiro]".

As queixas por discriminação étnica e racial em Portugal dispararam em 2018, com uma alta de 93,3% em relação ao ano anterior.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que já tratou do assunto com a Embaixada de Portugal sobre casos de xenofobia, mas não deu detalhes sobre alguma iniciativa prática.

"Não vejo realmente que em Portugal o estudante vai passar por dificuldades maiores", disse Weintraub, durante coletiva à imprensa nesta sexta-feira (16), em Brasília. "[Havendo] qualquer ação racismo, xenofobia, o estudante adulto pode procurar as autoridades".

O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Alexandre Ribeiro Lopes, disse que os novos acordos é reflexo da credibilidade que o exame conquistou ao longo dos anos. O órgão é responsável pela realização da prova.

Lopes garantiu que não haverá problemas na realização do exame. "O cronograma de realização do Enem está mantido, não temos tido nenhum tipo de intercorrência na realização do Enem", disse.

A falência da gráfica que imprimia o Enem, mudanças no comando do Inep e vacância em cargos de diretorias importantes do órgão trouxeram tensão sobre a realização adequada do exame, que envolve grande complexidade.

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"No mês que vem teremos o envio das provas para os locais de aplicação, queremos tranquilizar os alunos", disse Lopes.

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