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Macron: Debater estatuto internacional da Amazônia é questão que se impõe

Macron: Debater estatuto internacional da Amazônia é questão que se impõe

O presidente da França ressaltou, porém, que a discussão não se enquadrava na iniciativa ali anunciada, que prevê o envio de ajuda para o controle das chamas e, posteriormente, investimentos em reflorestamento

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 21:15

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Emmanuel Macron, presidente da França. (Reprodução)

O presidente da França, Emmanuel Macron, alfinetou mais uma vez Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira (26), ao apresentar o plano de ajuda do G7 (clube de países ricos) para combater os incêndios na Amazônia.

Em entrevista à imprensa no último dia da cúpula do grupo, o líder disse que a atribuição de um "estatuto internacional" à floresta era "uma questão real que se impunha, se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse de todo o planeta".

Macron ressaltou, porém, que a discussão não se enquadrava na iniciativa ali anunciada, que prevê o envio de ajuda para o controle das chamas e, posteriormente, investimentos em reflorestamento.

Essa segunda etapa será apresentada em detalhes na Assembleia-Geral da

ONU

, em

, em setembro. Segundo o francês, ela foi concebida para "respeitar a soberania de cada país".

Para ele, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer 'não é problema meu'". E teceu uma comparação: "A mesma coisa vale para aqueles que têm em seus territórios glaciares ou regiões que têm impacto sobre o mundo inteiro".

Com as afirmações, Macron respondeu à declaração de Bolsonaro de que ele teria manifestado "mentalidade colonialista" ao se referir, em publicação na internet, à situação na Amazônia como crise internacional e emergência a ser discutida no G7 –fórum de que o Brasil não participa.

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O brasileiro também disse que seu par francês estava instrumentalizando um problema interno do país sul-americano e, depois, que ele potencializava o ódio contra o Brasil.

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