Publicado em 4 de agosto de 2020 às 16:20
O governo francês publicou nesta terça-feira (4) as recomendações mais recentes da comissão científica que cuida da pandemia do novo coronavírus no país e alertou para uma segunda onda no outono. O documento de 42 páginas foi enviado ao ministério da saúde há uma semana e traça alguns cenários em que a covid-19 aumenta após o fim do verão europeu. >
"Este relatório considera (possível) uma retomada da circulação de vírus em alto nível no outono de 2020 (a estação começa em 21 de setembro)", diz o documento, que defende uma abordagem diferente da adotada na primeira onda. "Terá de basear-se numa escolha política e social e não somente sanitária". O documento pede uma nova política de comunicação para a covid-19, com mais diálogo com a população e a sociedade civil.>
Nas últimas semanas, países como Espanha, França, Alemanha, Reino Unido e nações nórdicas veem suas populações aproveitando o verão europeu para sair de casa e se encontrarem outras pessoas em locais públicos ou privados.>
Apesar das advertências da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que uma reabertura deveria ser lenta, gradual e segura, autoridades europeias atribuem o aumento dos casos do vírus e surtos localizados a mudanças no comportamento, principalmente o dos jovens. Nesta semana, um sindicato de médicos da Alemanha disse que o país, vizinho da França, já enfrenta sua segunda onda.>
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O documento do governo francês indica a necessidade de agir para reforçar as medidas de proteção, como realizar testes suficientes, e também tomar os cuidados com casas de repouso. Também dá atenção especial às pessoas mais pobres, que são mais vulneráveis ao vírus.>
Outro aspecto destacado pelo grupo foi uma campanha de informação pública para defender o uso de máscara e destacar a responsabilidade individual de cada cidadão. A comissão também sugere que o uso de máscara pode se tornar obrigatório em todo o país - hoje, isso só ocorre em áreas onde o vírus tem ampla circulação.>
De acordo com o jornal Le Monde, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, quer que a máscara seja obrigatória na capital. "Usar a máscara é desagradável, especialmente em climas quentes, mas é um gesto realmente necessário, pois a epidemia está em ascensão", reconheceu Anne Souyris, vice-prefeita de Paris responsável pela saúde, de acordo com o Le Monde.>
"Pediremos que isso se torne obrigatório em locais ao ar livre, onde há muita gente e onde é difícil manter a distância de um metro entre cada um." A lista de áreas deve incluir ruas comerciais, o entorno do rio Sena, parques, jardins, mercados abertos e lugares onde turistas e parisienses ficam ao ar livre.>
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