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CEO da Netflix doa R$ 627 milhões a universidades para estudantes negros nos EUA

CEO da Netflix doa R$ 627 milhões a universidades para estudantes negros nos EUA

A doação milionária será destinada à Spelman College, à Morehouse College e ao United Negro College Fund (UNCF), que financia bolsas de estudo

Publicado em 17 de junho de 2020 às 17:46

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Bandeira dos Estados Unidos
A quantia doada por Hastings é considerada a maior contribuição individual já registrada para apoiar a causa. (Pixabay )

O CEO da Netflix, Reed Hastings, e sua esposa, Patty Quillin, anunciaram, nesta quarta-feira (16), uma doação de US$ 120 milhões (R$ 627 milhões) a universidades e instituições dedicadas à educação de estudantes negros.

A doação milionária será destinada à Spelman College, à Morehouse College e ao United Negro College Fund (UNCF), que financia bolsas de estudo para alunos negros.

A quantia doada por Hastings é considerada a maior contribuição individual já registrada para apoiar as chamadas HBCUs, coalizão de instituições criadas para oferecer ensino superior a jovens e adultos negros quando a segregação racial nos Estados Unidos era escancarada em lei.

"Acho que as pessoas brancas em nosso país precisam aceitar que esta é uma responsabilidade coletiva", disse Hastings em um comunicado. "Geralmente, o capital branco flui para instituições predominantemente brancas, perpetuando o isolamento do capital." Enquanto universidades de ponta dos EUA, como Harvard, recebem dezenas de bilhões de dólares em doações, as HBCUs costumam receber muito menos, com valores na casa das centenas de milhões.

Uma das razões para isso é que as pessoas ricas tendem a doar para as instituições onde estudaram. Assim, universidades que formam bilionários tendem a seguir recebendo amplas doações, enquanto outras instituições mais voltadas a inclusão social acabam desfavorecidas.

Hastings também tem dado apoio a escolas e à formação de professores na Califórnia, e criado medidas para contratar mais negros para a Netflix. A empresa diz ter hoje cerca de 7% de funcionários negros, e 8% de negros em cargos de chefia, percentual acima da média nas grandes empresas de tecnologia, segundo o jornal The New York Times.

O combate ao racismo ganhou força nas últimas semanas, após uma onda de protestos contra a morte de George Floyd, um homem negro que foi sufocado por um policial branco.

Os atos começaram pedindo o fim da violência policial, mas passaram a incluir outras pautas, como o aumento de oportunidades para os negros e a retirada de homenagens a figuras ligadas à escravidão, tanto nos EUA quanto na Europa.

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