Anitta comenta 'CPI do sertanejo' e diz que recebeu propostas de desvio de verba

"Eu já recebi propostas, eu e meu irmão. 'Você cobra tanto, aí eu vou e pego um pedaço.' Eu falei não", disse ela em entrevista ao Fantástico. A conversa vai ao ar neste domingo (5)

A cantora Anitta comentou a "CPI do sertanejo" e afirmou que já recebeu propostas de desvio de verba.

"Eu já recebi propostas, eu e meu irmão. 'Você cobra tanto, aí eu vou e pego um pedaço.' Eu falei não", disse ela em entrevista ao Fantástico. A conversa vai ao ar neste domingo (5) e teve trecho exibido no horário do Jornal Nacional deste sábado (4).

Anitta em imagem de divulgação de seu novo álbum,

Anitta em imagem de divulgação de seu novo álbum, "Versions of Me". Crédito: Marco Ovando/Divulgação

A cantora foi o grande estopim dessa série de investigações de shows de sertanejos pagos com verba de prefeituras em todo o país -há casos em investigação em Roraima, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso. Depois de mais de um ano da viralização do vídeo em que a cantora Anitta aparece tatuando seu ânus, o assunto voltou a ficar entre os mais comentados das redes sociais em função de uma crítica do sertanejo Zé Neto.

"Estamos aqui em Sorriso, Mato Grosso, um dos estados que sustentou o Brasil durante a pandemia. Nós somos artistas que não dependem de Lei Rouanet. Nós não precisamos fazer tatuagem no 'toba' para mostrar se a gente está bem ou não. A gente simplesmente vem aqui e canta", disse o sertanejo Zé Neto, em referência à tatuagem íntima da cantora, num show.

Foi daí que surgiu uma onda de críticas ao músico, que, no evento em que debochou de Anitta e da Lei Rouanet, recebeu um cachê de R$ 400 mil da prefeitura de Sorriso, apesar do ataque que fez ao incentivo público cultural.

Desde então, o episódio tem levado a importantes revelações sobre o uso de verba pública em megaeventos de sertanejos. Na semana passada, por exemplo, foi revelado que a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, uma cidadezinha mineira, pagaria ao cantor Gusttavo Lima um cachê de mais de R$ 1 milhão, com uma verba que deve ser destinada somente a saúde, educação, ambiente e infraestrutura.

Hoje, 29 cidades pelo país têm shows investigados pelo Ministério Público --a maioria deles são de eventos de Gusttavo Lima, mas Xand Avião e Wesley Safadão também aparecem entre os cachês suspeitos.

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