
Aprenda identificar quando o seu pet estiver sentindo dor. Crédito: Sonja Rachbauer/Shutterstock
Só quem tem um animal de estimação em casa sabe o quanto pode ser difícil para o tutor perceber, por meio do comportamento, que o pet está sentindo dor. Isso pode ocorrer por causa de uma recuperação pós-cirúrgica, doenças crônicas ou lesões, que acabam gerando impactos significativos na qualidade de vida do animal.
A médica-veterinária Karina Rangel, coordenadora de produtos da Avert Saúde Animal, explica que, embora a dor seja uma resposta fisiológica natural do organismo, quando não tratada adequadamente, pode se tornar persistente e levar a uma resposta inflamatória prolongada. Isso afeta negativamente o sistema imunológico, tornando o animal mais vulnerável a infecções e outras doenças.
O estresse associado ao quadro também pode alterar os níveis hormonais, como o aumento do cortisol, afetando a função adrenal e o equilíbrio metabólico do pet
“A dor ainda pode comprometer a circulação sanguínea e a oxigenação dos tecidos, resultando em problemas cardíacos e respiratórios. O diagnóstico precoce é fundamental para garantir o conforto e a saúde geral dos animais”, alerta Karina.
Segundo a especialista, os cães, por sua natureza, são criaturas resilientes, o que pode dificultar a identificação da dor. Diferente dos humanos, que conseguem verbalizar o sofrimento, os animais utilizam sinais comportamentais para expressar que algo não vai bem.
Mudanças no apetite, relutância em se movimentar, alterações no comportamento social ou até mesmo vocalizações incomuns podem indicar que o pet está sentindo dor. Em casos de dor crônica, identificar os sintomas pode ser ainda mais difícil.
“Além do sofrimento físico imediato, essa situação pode levar à perda de mobilidade, impedindo o pet de realizar atividades rotineiras como caminhar, brincar ou interagir socialmente. Também pode afetar o estado emocional, resultando em irritabilidade, apatia ou até depressão. Em casos extremos, compromete o sistema imunológico, tornando o animal mais suscetível a outras doenças”, explica a médica-veterinária.

O acompanhamento veterinário é importante. Crédito: Gorodenkoff/Shutterstock
Em todos os casos, analgésicos podem ser prescritos, assim como terapias como acupuntura, fisioterapia e hidroterapia, que contribuem para o alívio da dor — especialmente em casos de doenças musculoesqueléticas. O controle do peso também é fundamental, pois o sobrepeso aumenta a pressão sobre as articulações e agrava o quadro.
O tratamento deve ser individualizado, considerando as necessidades e condições específicas de cada animal. Uma condição dolorosa não tratada pode trazer sérias consequências, por isso é essencial monitorar a saúde do pet por meio de consultas veterinárias regulares, garantindo intervenções rápidas e eficazes.
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