• Rachel Martins

    Uma jornalista que ama os animais, assim é Rachel Martins. Não é a toa que ela adotou duas gatinhas, a Frida e a Chloé, que são as verdadeiras donas da casa. Escreve semanalmente sobre os benefícios que uma relação como essa é capaz de proporcionar

Campanha alerta para doenças renais e cardíacas em animais

Publicado em 27/04/2025 às 11h30
Cachorro e gato no veterinário

Cachorro e gato no veterinário. Crédito: T.Vyc/Shutterstock

Quem tem felinos e cães em casa e já perdeu um de seus “filhos de quatro patas” por problemas renais ou cardiológicos sabe como esses animais são suscetíveis a essas doenças. Aliás, as duas se inter-relacionam e estão entre as principais enfermidades que levam cães e gatos a óbito, especialmente os idosos. A síndrome cardiorrenal (SCR) se caracteriza pela interação entre o coração e os rins, em que a doença ou mesmo o tratamento de um desses órgãos agrava ou desencadeia problemas no outro.

Atualmente, cerca de 10% dos cães e 15% dos gatos desenvolvem doenças do coração, e 10% dos cães e 30% dos gatos com mais de 15 anos possuem doença renal crônica (DRC). Diante desse cenário, a VetFamily, uma comunidade de médicos-veterinários, clínicas e hospitais do Brasil e do mundo, acaba de lançar a campanha "Rins e coração, saúde em conexão", que tem como objetivo conscientizar os tutores de pets sobre a SCR e apoiar os profissionais da medicina veterinária na orientação dos clientes, na identificação, no diagnóstico e no manejo adequado dessa condição complexa.

“Essas estimativas comprovam a relevância da campanha, como forma de alertar os profissionais da medicina veterinária quanto à necessidade do diagnóstico precoce, evitando, assim, potenciais disfunções nos rins e vice-versa em relação aos pets”, explica o médico-veterinário, Head Latam e diretor-geral da VetFamily no Brasil, Henry Berger.

Os sinais clínicos da síndrome cardiorrenal nos pets podem variar conforme o estágio e o órgão afetado. Em casos de doença cardíaca, é comum observar tosse seca persistente, cansaço fácil, dificuldade respiratória e desmaios. Já os sinais de doença renal incluem aumento do consumo de água, urina em excesso, perda de peso, apatia, vômitos e, em casos mais graves, convulsões.

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Os animais de estimação devem ir ao veterinário com frequência. Crédito: Shutterstock

"É importante que os pets passem por consultas regulares com médicos-veterinários para uma avaliação integral", destaca a médica-veterinária da Pet Family Brasil, Beatriz Alves de Almeida.

Ela explica que a prevenção e o manejo adequado da síndrome cardiorrenal envolvem medidas que vão além do tratamento medicamentoso. Uma dieta específica, prescrita pelo médico-veterinário, pode retardar a progressão da doença, enquanto a prática de exercícios moderados auxilia na manutenção do equilíbrio metabólico e cardiovascular. Exames periódicos também são fundamentais para monitorar a evolução do quadro e ajustar a abordagem terapêutica conforme a necessidade do paciente.

Exames necessários para identificar a síndrome cardiorrenal em cães e gatos:

Para a avaliação cardíaca: radiografia torácica, que avalia o tamanho do coração e possíveis alterações pulmonares; o eletrocardiograma (ECG), para análise da frequência e do ritmo cardíaco; e o ecocardiograma, que permite observar em detalhes as estruturas cardíacas e sua funcionalidade.

Para a avaliação da função renal: exames como ureia, creatinina, SDMA (dimetilarginina simétrica) – biomarcador que detecta precocemente a insuficiência renal – e ultrassonografia abdominal, que identifica alterações estruturais nos rins.

Para saber mais sobre a campanha "Rins e coração, saúde em conexão" é só acessar: hub.vetfamily.com/pt-br/campanha-cardiorrenal.

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Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.

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