Cachorro e gato no veterinário. Crédito: T.Vyc/Shutterstock
Quem tem felinos e cães em casa e já perdeu um de seus “filhos de quatro patas” por problemas renais ou cardiológicos sabe como esses animais são suscetíveis a essas doenças. Aliás, as duas se inter-relacionam e estão entre as principais enfermidades que levam cães e gatos a óbito, especialmente os idosos. A síndrome cardiorrenal (SCR) se caracteriza pela interação entre o coração e os rins, em que a doença ou mesmo o tratamento de um desses órgãos agrava ou desencadeia problemas no outro.
Atualmente, cerca de 10% dos cães e 15% dos gatos desenvolvem doenças do coração, e 10% dos cães e 30% dos gatos com mais de 15 anos possuem doença renal crônica (DRC). Diante desse cenário, a VetFamily, uma comunidade de médicos-veterinários, clínicas e hospitais do Brasil e do mundo, acaba de lançar a campanha "Rins e coração, saúde em conexão", que tem como objetivo conscientizar os tutores de pets sobre a SCR e apoiar os profissionais da medicina veterinária na orientação dos clientes, na identificação, no diagnóstico e no manejo adequado dessa condição complexa.
“Essas estimativas comprovam a relevância da campanha, como forma de alertar os profissionais da medicina veterinária quanto à necessidade do diagnóstico precoce, evitando, assim, potenciais disfunções nos rins e vice-versa em relação aos pets”, explica o médico-veterinário, Head Latam e diretor-geral da VetFamily no Brasil, Henry Berger.
Os sinais clínicos da síndrome cardiorrenal nos pets podem variar conforme o estágio e o órgão afetado. Em casos de doença cardíaca, é comum observar tosse seca persistente, cansaço fácil, dificuldade respiratória e desmaios. Já os sinais de doença renal incluem aumento do consumo de água, urina em excesso, perda de peso, apatia, vômitos e, em casos mais graves, convulsões.
Os animais de estimação devem ir ao veterinário com frequência. Crédito: Shutterstock
"É importante que os pets passem por consultas regulares com médicos-veterinários para uma avaliação integral", destaca a médica-veterinária da Pet Family Brasil, Beatriz Alves de Almeida.
Ela explica que a prevenção e o manejo adequado da síndrome cardiorrenal envolvem medidas que vão além do tratamento medicamentoso. Uma dieta específica, prescrita pelo médico-veterinário, pode retardar a progressão da doença, enquanto a prática de exercícios moderados auxilia na manutenção do equilíbrio metabólico e cardiovascular. Exames periódicos também são fundamentais para monitorar a evolução do quadro e ajustar a abordagem terapêutica conforme a necessidade do paciente.
Exames necessários para identificar a síndrome cardiorrenal em cães e gatos:
Para a avaliação cardíaca: radiografia torácica, que avalia o tamanho do coração e possíveis alterações pulmonares; o eletrocardiograma (ECG), para análise da frequência e do ritmo cardíaco; e o ecocardiograma, que permite observar em detalhes as estruturas cardíacas e sua funcionalidade.
Para a avaliação da função renal: exames como ureia, creatinina, SDMA (dimetilarginina simétrica) – biomarcador que detecta precocemente a insuficiência renal – e ultrassonografia abdominal, que identifica alterações estruturais nos rins.
Para saber mais sobre a campanha "Rins e coração, saúde em conexão" é só acessar: hub.vetfamily.com/pt-br/campanha-cardiorrenal.
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