Thor é o vencedor da quarta edição do Concurso Cultural “O Gato SRD Mais Bonito do Brasil”. Crédito: Acervo pessoal
Foi uma mancha natural na pelagem, em formato de coração no peito, que fez do gatinho Thor, de Lagoa Santa, Minas Gerais, o vencedor da quarta edição do Concurso Cultural “O Gato SRD Mais Bonito do Brasil”, uma iniciativa da Woolie, marca brasileira de design funcional e sofisticado para gatos. Ele encantou os internautas, entre mais de 4 mil gatos inscritos - a votação ultrapassou 250 mil votos.
A final, realizada no dia 27 de outubro, em celebração ao Dia do Gato Preto, foi escolhida pela Woolie para reforçar a importância da adoção responsável, da diversidade felina, do combate a preconceitos históricos e a valorização dos gatos Sem Raça Definida (SRD).
“Thor é a tradução perfeita do amor em forma de gato. O coração no peito conquistou o público. É a prova de que o amor também pode ser visível, às vezes, em forma de desenho. Além de ser um gato lindo, ele tem uma história encantadora”, afirma Daniel Mostacada, fundador e CEO da Woolie.
Adotado ainda filhote pela tutora Fabiana Mara Fonseca Otoni Brugnara, é inteligente, comunicativo, elegante, dócil e tem um olhar expressivo. E carrega uma história de força: após enfrentar um quadro grave de obstrução urinária, foi salvo com cuidados intensivos e hoje vive saudável, cercado de amor.
“O coração do Thor é o reflexo do amor que ele desperta. Ele representa todos os gatos ‘invisíveis’, mas que, com carinho, se tornam parte da família e mudam nossas vidas”, conta Fabiana.
A genética explica
A médica-veterinária, especializada em felinos, Polyana Pulcheira Paixão, ressalta que a diferenciação de pelagens nos gatos domésticos acontece porque eles possuem diversos genes que controlam não só a cor em si, mas a distribuição, a intensidade e a forma como o pigmento aparece ao longo do corpo. “Por isso vemos gatos sólidos (preto, branco, cinza), tigrados, bicolores, tricolores, laranjas… Isso é resultado da combinação desses genes”, alerta.
Segundo Polyana Paixão, hoje com tanta variedade de pelagens nos gatos, o que se vê é a soma entre genética, evolução, mutações naturais e seleção feita pelo próprio ser humano ao longo da história da espécie.
Um gato com um desenho como um coração no peito, por exemplo, se enquadra no grupo de bicolores, resultado do gene de white spotting que determina onde as áreas brancas vão aparecer no corpo
"Esse gene não controla o formato, que surge ao acaso na distribuição da melanina durante o desenvolvimento embrionário. É apenas um acaso genético dentro de um padrão bicolor. É lindo, é marcante, mas é natureza fazendo arte via genética.”
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