Publicado em 24 de julho de 2019 às 14:19
A campanha da deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) pagou R$ 23 mil ao namorado dela, Daniel Alejandro Martínez Garcia, durante as eleições do ano passado.>
A informação foi revelada neste sábado (20) pelas revistas Veja e Exame.>
Martínez Garcia, 24, é colombiano e foi colega da deputada na Universidade Harvard, onde ambos se formaram.>
A prestação de contas da campanha afirma que ele prestou serviços de análise estratégica para a candidatura de agosto a outubro de 2018, durante o período eleitoral.>
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A campanha de Tabata recebeu R$ 100 mil do fundo eleitoral público encaminhados pela direção nacional do PDT. Ao todo, a hoje deputada arrecadou quase R$ 1,3 milhão --a maior parte de doadores privados.>
O valor pago a Martínez Garcia foi o quarto maior despendido pela campanha da pedetista a um colaborador pessoa física no ano passado.>
O contrato de prestação de serviços previa que ele trabalhasse todos os dias em um escritório no bairro Moema, na zona sul de São Paulo.>
Não há irregularidade na contratação de parentes ou cônjuge com verbas eleitorais. Súmula vinculante expedida pelo Supremo Tribunal Federal veda a nomeação deles em cargos comissionados.>
Tabata, que é colunista da Folha de S.Paulo, fez campanha no ano passado com discurso de renovação e também no mandato prega a mudança de práticas políticas. Ela é cofundadora do movimento Acredito, criado para incentivar novas lideranças, e recebeu o apoio do RenovaBR, programa que bancou candidaturas de novatos pelo país no ano passado.>
À revista Tabata afirmou apenas que a sua campanha cumpriu as leis eleitorais "na contratação de seus serviços e pessoas" e que todas as informações a respeito são públicas.>
Procurada pela reportagem, a deputada, por meio de sua assessoria, disse que não comentaria o assunto.>
Na eleição de 2018, ela foi a sexta deputada federal mais votada em São Paulo. >
Após a publicação da reportagem pelas revistas, o coordenador nacional do Acredito, Samuel Melo, divulgou texto defendendo a deputada. Disse que o namorado dela fazia a gestão, atendimento e mobilização de mais de mil voluntários na candidatura, além de elaborar banco de dados sobre bairros e cidades do estado. >
Estreante na política, Tabata, 25, teve na semana passada suas funções partidárias suspensas pelo PDT, assim como outros sete deputados federais, por ter votado a favor da reforma da Previdência. Ela e os sete colegas são também alvo de processos da direção do partido.>
A decisão de contrariar a determinação da legenda provocou uma série de críticas do principal líder do partido, o ex-presidenciável Ciro Gomes, que defendeu que a deputada deixe a sigla.>
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