Publicado em 14 de março de 2019 às 21:24
A Polícia Civil vai indiciar Renzo Colnago, Lorena Covre Malta e Igor Gabrielli Rosa por difamação contra o deputado estadual Sergio Majeski (PSB). Para o delegado Brenno Andrade, da Delegacia de Repressão a Crimes Eletrônicos, os três foram os responsáveis por disseminar nas redes sociais um conteúdo falso contra o parlamentar, em 2017.>
Após o Gazeta Online noticiar a conclusão do inquérito, o delegado disse que reavaliou o procedimento adotado. Ele optou por elaborar um relatório com os indiciamentos e encaminhar o caso ao Ministério Público Estadual (MPES), que poderá oferecer denúncia à Justiça. Andrade reconsiderou que Majeski, ao ser atacado, era pessoa pública em pleno exercício de mandato eletivo. Por isso, cabe às autoridades do Estado dar continuidade ao processo.>
Até então, como dissera à reportagem na quarta-feira (14), o delegado entendia que o caso era de interpretação de interesse privado, e caberia ao deputado, se julgasse necessário, ir à Justiça mover os processos, como determina a legislação para casos de crimes contra a honra.>
"Revisando o inquérito, que ainda está aqui, entendi que o fato ocorreu em função do exercício da atividade parlamentar. Isso significa que a ação penal muda. Ela é condicionada à representação. Só muda a parte de procedimentos, mas a conclusão é a mesma", disse, antes de complementar: "Eu faço um relatório final, com um indiciamento. Para mim, os três têm participação".>
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DEPOIMENTO>
Renzo Colnago, que presidiu a Prodest (empresa de tecnologia do governo) na gestão passada, confirmou ter convidado Lorena e Igor para um trabalho de monitoramento e publicação de conteúdo na internet. Mas, em depoimento, disse que a atividade seria voluntária e não envolveria disseminação de conteúdos difamatórios. Lorena e Igor confirmaram envolvimento na criação de perfis apócrifos e na publicação do conteúdo falso.>
Em 2017, foram publicadas nas redes sociais imagem do deputado Sergio Majeski, com a logomarca do mandato, mas com frase que ele jamais disse: "Quero acabar com a doutrinação cristã. Meu projeto é proibir o uso da Bíblia sagrada. Só assim conseguiremos construir um Estado com educação". A investigação foi concluída em fevereiro deste ano.>
DIFAMAÇÃO>
Para o crime de difamação, o Código Penal prevê pena de detenção, de três meses a um ano, e multa. Como é considerado de menor potencial ofensivo, a punição costuma ser substituída por pena restritiva de direitos, como prestação de serviços comunitários.>
Nesta quarta-feira (13), o parlamentar afirmou que vai processar os envolvidos na criação do conteúdo falso. >
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