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No WhatsApp, família vem antes de política, diz Datafolha

No WhatsApp, família vem antes de política, diz Datafolha

O Datafolha ouviu 2.086 pessoas nos dias 4 e 5 de julho em 130 municípios de todo o país

Publicado em 18 de julho de 2019 às 00:40

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WhatsApp . (Divulgação)

O brasileiro afirma discutir mais assuntos de família do que de política no

, aponta pesquisa Datafolha sobre o uso de redes sociais e o comportamento dos usuários no aplicativo de mensagens.Considerando-se os 69% dos entrevistados que afirmam ter conta no WhatsApp, os assuntos citados por eles como os mais discutidos nos grupos são família (39%), trabalho (31%), política (30%), amigos (15%), futebol (14%), escola (13%) e religião (12%). A resposta era espontânea e múltipla, ou seja, o entrevistado poderia citar mais de um tema.

O levantamento aponta ainda que 7 em cada 10 brasileiros adultos, ou 72%, dizem possuir conta em pelo menos uma rede ou aplicativo social. O mais popular é o WhatsApp (69%), seguido de Facebook (59%), Instagram (41%) e Twitter (16%).

Entre aqueles que dizem ter conta em alguma rede social, 19% afirmam seguir o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em ao menos uma rede, ante 44% que não o seguem.

Bolsonaro afirmou na última sexta-feira (12) que é censurado pelo WhatsApp, referindo-se à limitação no encaminhamento de mensagens no aplicativo.

"Uma maneira de me cercear foi diminuir o alcance do WhatsApp", disse em uma live nas redes sociais. "Há censura em cima disso. Temos que lutar contra isso."

Nas eleições do ano passado, bolsonaristas tiveram como uma das principais estratégias de campanha a atuação por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens.

A restrição no reenvio, implantada em janeiro deste ano, foi uma tentativa de combater a disseminação de informações falsas e rumores, segundo o aplicativo que pertence ao Facebook.

Anteriormente, era possível encaminhar mensagens para 20 outros usuários ou grupos, número que caiu para cinco pessoas por vez com a nova medida.

Entre os pesquisados pelo Datafolha que têm conta no WhatsApp, metade (49%) participa de até cinco grupos, e apenas 24% não participam deles -a média é a de sete grupos por usuário.

A faixa etária que mais participa dos grupos -considerando a fatia de 1 a 5 grupos- é a de entrevistados com 45 a 59 anos (55%), enquanto aqueles com 60 anos ou mais são os que menos participam (44%).

Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, só 23% não estão em nenhum grupo. Esse percentual chega a 36% entre os usuários com 60 anos ou mais.

Os mais velhos, com 60 anos ou mais, estão mais presentes (37%) que os jovens de 16 a 24 anos (24%) em grupos que discutem política.

Esse assunto também é mais citado por homens -35% ante 25% de mulheres- e pessoas com renda familiar mensal de mais de dez salários mínimos -54% ante 22% de quem tem renda de até dois salários mínimos.

Em relação ao critério da avaliação do governo Bolsonaro (este, aliás, usuário assíduo de redes sociais), entrevistados que reprovam a gestão ou a aprovam se dizem mais ativos (36% e 32%, respectivamente) em grupos de política no WhatsApp do que aqueles que avaliam o presidente como regular (21%).

Pesquisados que avaliam o governo como ótimo ou bom são os que mais discutem família (44%), enquanto os que consideram o presidente ruim ou péssimo e afirmam discutir esse tema nos grupos são 35%.

Analisando-se o partido de preferência, 50% dos entrevistados que discutem política em grupos no WhatsApp citam o PSL de Bolsonaro, ante 40% do PSDB e 32% do PT."‹

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A maior fatia de entrevistados (37%) afirma participar de grupos com até 25 pessoas, enquanto 24% dizem estar em grupos com 26 a 50 pessoas, 14%, grupos de 51 a 100 usuários, e 17%, 101 ou mais.

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