“A mesa de negociação está aberta”. Foi com essa frase que a vice-prefeita de Vitória, Capitã Estéfane, lançada pré-candidata à Prefeitura da Capital pelo Podemos em abril deste ano, resumiu o andamento do projeto que visa à consolidação de seu nome nas eleições deste ano.
A vice-prefeita afirmou para A Gazeta que o principal foco do Podemos, neste momento, tem sido tentar viabilizar uma chapa majoritária encabeçada por ela, com a possibilidade de composição com um nome surgido do bloco de partidos aliados do governo do Estado.
“Todas as pré-candidaturas que estão sendo postas precisam se viabilizar, após discussão e aprovação dos eleitores. A intenção do partido é manter a candidatura e esse arranjo está sendo feito pelos presidentes dos partidos. A mesa de negociação está aberta”, afirma a vice-prefeita.
Ao falar sobre a importância da manutenção do seu nome como pré-candidata e, depois, oficialmente candidata do Podemos à Prefeitura de Vitória, Estéfane busca fundamentação no que chama de “falta de representatividade feminina no debate acerca do município”.
“Uma candidatura feminina é muito importante para Vitória, para preencher essa lacuna da falta de pautas femininas na condução da cidade”, pontua a capitã da Polícia Militar (PMES).
O Podemos, de Estéfane, é atualmente uma legenda próxima ao governo do Estado e, inclusive, fez parte da coligação que ajudou a reeleger Renato Casagrande (PSB) como governador nas eleições de 2022. Essa especificidade, no entanto, não seria suficiente para garantir apoio do Palácio Anchieta ao projeto de confirmar a vice-prefeita como candidata em Vitória, segundo aponta o mercado político.
Nesse contexto, vale destacar que, no último dia 8, o deputado Tyago Hoffmann (PSB) anunciou a desistência de sua pré-candidatura para prefeito de Vitória, alegando atender a um pedido de Casagrande para assumir a missão de representar o Palácio Anchieta nos eventos de campanha de seus aliados políticos.
Questionada se, de alguma forma, esse cenário pode implodir o projeto do Podemos de ter sua própria candidatura majoritária na Capital, Estéfane voltou a afirmar que o principal objetivo do partido é viabilizar e manter seu nome na disputa pelo Executivo municipal. “O desejo do Podemos é ter a candidatura consolidada”, enfatiza.
Sobre a possibilidade de aceitar novamente o papel de vice em uma chapa majoritária, depois de integrar o mandato de Lorenzo Pazolini (Republicanos), a atual vice-prefeita garantiu que seu partido pensa exatamente o contrário, uma vez que acha mais atraente que o vice dela saia do grupo de legendas aliadas.
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