Ainda sem confirmar sua decisão se participará ou não das eleições presidenciais deste ano, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira há espaço para um candidato de centro no pleito. Em entrevista à rádio Som Maior, da cidade de Criciúma, em Santa Catarina, ele disse que a grande maioria da população quer um candidato que fique entre os dois extremos políticos.
Meirelles voltou a afirmar que a recuperação da economia está em curso, que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 3% em 2018 e que serão gerados 2,5 milhões de empregos ao longo de 2018. A entrevista é parte de uma longa agenda de participações em programas de rádio e TV de todo o país para mostrar os resultados de seu período como titular da Fazenda e colocar-se como um nome a favor da continuidade das reformas econômicas no país.
Existe um espaço muito grande, que é o espaço do centro, entre os extremos, que é a grande maioria da população brasileira. Existe uma grande maioria que quer um candidato que incorpore esse programa de reformas e modernização da economia, que tenha um foco no trabalho de recuperação da renda, do emprego, o que é fundamental para o país. A grande maioria dos brasileiros não está definida disse ele, ao ser questionado como se posicionaria em uma eleição que colocaria de um lado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do outro o deputado Jair Bolsonaro.
Meirelles repetiu que sua decisão sobre a candidatura será tomada até o dia 7 de abril, como vem afirmando nas últimas semanas, e que só depois da decisão será feita a escolha do partido pelo qual concorrer. Hoje, o ministro da Fazenda é filiado ao PSD. Ele já tinha sinalizado há alguns dias a possibilidade de se candidatar por outro partido.
No momento, Meirelles afirmou que está acompanhando os resultados de pesquisas e colhendo mais informações sobre o que o brasileiro precisa para tomar a decisão sobre a candidatura:
Devo colher mais resultados de pesquisas, mais informações sobre o que o brasileiro quer e o que o brasileiro precisa nesse momento. Estou fazendo uma série de avaliações para saber se o momento é para candidatura. E muitos fatos indicam que sim, que os brasileiros veem uma carreira de ética.
O ministro da Fazenda também repetiu o discurso que vem sendo dito à exaustão sobre a situação da economia: de que o país saiu da maior recessão de sua história, que a economia já cresce a ritmo superior que o do ano passado e deve avançar 3% em 2018 e que serão criados 2,5 milhões de novos empregos este ano. Ele admitiu que há diferenças regionais, mas apontou que Santa Catarina é um dos estados que vêm liderando a recuperação do país, em um esforço para se aproximar dos ouvintes da rádio de Criciúma.
Ele voltou a defender a manutenção do esforço de ajuste fiscal, já que foi a questão fiscal que gerou essa instabilidade na economia, diante da elevação constante das despesas públicas:
Em 2017 e 2018 estamos vendo diminuição das despesas como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) e isso se consolida nos próximos anos.
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