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Caso Marcus Alves: Polícia Civil não encontra provas de rachid

Caso Marcus Alves: Polícia Civil não encontra provas de rachid

Ex-servidor comissionado da Assembleia denunciou ex-assessor da Casa Civil

Publicado em 5 de março de 2018 às 18:54

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Marcus Alves, presidente do diretoria de Vila Velha, do PRP, Partido Republicano Progressista - Editoria: Política. (Gildo Loyola - GZ)

A Polícia Civil concluiu a investigação que apurava denúncia de rachid contra o ex-assessor da Casa Civil, Marcus Alves, sem encontrar provas que pudessem incriminá-lo. De acordo com o relatório final da apuração, não foram encontrados "quaisquer indícios de autoria ou de materialidade delitivas".

A prática de rachid ocorre quando um político se apropria de uma parte do salário que seria pago ao servidor contratado por ele. Segundo a denúncia, Francisco Félix da Costa Netto foi contratado para um cargo comissionado na Assembleia Legislativa, com salário de R$ 4 mil. Mas deveria repassar R$ 3 mil para Alves, mensalmente.

Uma sindicância foi aberta na Assembleia para apuração administrativa do caso. Também foi encerrada sem encontrar nada contra Marcus Alves.

O então servidor narrou que chegou a ser ameaçado em casa por Marcus Alves, que estaria acompanhado por outros dois homens. O trio teria cobrado dele o saque de R$ 7,5 mil em espécie.

Outras duas testemunhas ouvidas pela polícia afirmaram que o saque foi feito por livre e espontânea vontade.

No relatório, o delegado escreveu que as divergências entre Francisco e Alves "emanam da seara política".

Segundo Alves, ex-presidente do PRP no Estado, ele e Francisco estavam montando outro partido, a União Democrática Nacional (UDN). Depois, Francisco deixou o projeto.

A polícia atestou os saques, mas afirmou que não foi possível apurar o destino dos valores, tampouco uma eventual relação entre eles e Marcus Alves.

Além disso, a irmã de Francisco também prestou depoimento. Disse à polícia que o irmão sofre de um transtorno que o "fazia dizer que iria morrer, ver coisas e dizer fatos sem nexo algum".

"Após exaustivas diligências, não foi possível, malgrado os melhores esforços da equipe de investigação, asseverar a veracidade das alegações formuladas pela vítima", destacou o delegado, antes de prosseguir: "salvo melhor juízo, não restaram evidenciados quaisquer indícios de autoria ou de materialidade delitivas".

O relatório final, assinado por Fabiano Rosa, tem quatro páginas e data de 26 de dezembro de 2017. Os documentos da polícia foram encaminhados para o Ministério Público Estadual.

Ao receber o procedimento, o promotor responsável pelo caso pediu para que fosse feita uma audiência de acareação com Marcus Alves e Francisco Félix. Uma primeira data para a reunião chegou a ser proposta, mas o advogado de Alves, Michel Cesarino, pediu para que ela fosse remarcada, pois estaria em viagem a São Paulo. Uma nova data deve ser marcada ainda esta semana.

"Do mesmo jeito que começou (a investigação), não querem que termine. Tem força política nisso. Não foi encontrado nada com o Marcus", comentou Cesarino. 

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Marcus Alves afirma que sofreu uma injustiça e que tentaram acabar com a vida dele. Francisco Félix disse que não queria se manifestar.

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